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Muraji

Muraji (?) era um título hereditário da Kabane no Japão Antigo. Os Muraji rivalizavam com o Omi o poder político durante grande parte do Período Kofun e estavam frequentemente em conflito com estes sobre questões políticas, religiosas e de sucessão do imperador.

Por tradição os Muraji eram grandes defensores do Xintoísmo e alegavam descendência dos deuses mitológicos , os kami [1], entre esses os clãs Ōtomo (大伴), Nakatomi (中臣), Mononobe (物部) e Inbe (忌部).

Como o Omi , o mais poderoso Muraji acrescentou o prefixo Ō (大 , grande) e passou a ser referido como Ōmuraji (大连).

Exemplos de Ōmuraji mencionados no Nihon Shoki foram Mononobe no Ikofutsu (物部伊莒弗) durante o reinado do Imperador Richu , Ōtomo no Muroya (大伴室屋), Ōtomo no Kanamura (大伴金村), Mononobe no Me (物部目), Mononobe no Arakabi (物部麁鹿火), Mononobe no Okoshi (物部尾舆) e Mononobe no Moriya (物部守屋).

Em 538, de acordo com o Nihongi, ou em 552 de acordo com o Kojiki, com a introdução do budismo na Corte, o Clã Soga aumentou seu poder como Ōomi e passou a perseguir os Muraji, tradicionalmente ligados à tradição xintoísta e que se opuseram à nova religião. Mononobe no Nakatomi foi um dos mais ardorosos defensores do Xintoísmo e deu origem a lutas amargas contra o clã rival [2], o que caracterizaria mais de cem anos de história do país [3].

Após sucessos iniciais dos Muraji, que conseguiram expulsar os monges budistas enviados pelo reino coreano de Baekje [4], durante reinado do Imperador Kimmei mas logo em seguida no reinado do Imperador Bidatsu, Soga no Umako derrotou Mononobe no Moriya na Batalha de Shigisan alcançando os Soga a hegemonia em 587 [5], o que correspondeu a um período de florescimento da história japonesa, que durou até 645, quando, em uma trama arquitetada por Nakatomi no Kamatari e o futuro Imperador Tenji (o Incidente de Isshi), os líderes do Clã Soga foram mortos [6].

Quando o sistema Kabane foi reformado em 684 pela Reforma Taika, alguns dos poderosos Muraji tornaram-se Asomi ( 朝臣 , membros da Corte de segundo escalão ), mas a maioria se tornou Sukune ( 宿祢 , membros da Corte de terceiro escalão). O termo Muraji continuou a existir, mas como membro da Corte de sétimo escalão, superior apenas ao Inaki ( 稲置 ).

Referências

  1. Basil Hall Chamberlain The Kojiki: Records of Ancient Matters(em inglês) Tuttle Publishing, 2005 pp. 29-34 ISBN 9780804836753
  2. Edmond Papinot Historical and Geographical Dictionary of Japan (em inglês) Tuttle Publishing, 1974 pag.402
  3. Robert L. Worden, Japan: A Country Study (em inglês) Federal Research Division, Library of Congress, 1992 p. 8 ISBN 9780844407319
  4. Richard John Bowring The religious traditions of Japan, 500-1600 (em inglês) Cambridge University Press, Cambridge 2005, pag. 16–17. ISBN 9780521851190
  5. Sir George Bailey Sansom A History of Japan to 1334 (em inglês) Stanford University Press, 1958 pp. 49-50 ISBN 9780804705233
  6. Richard Ponsonby-Fane The Imperial House of Japan (em inglês) Ponsonby Memorial Society, 1959 pp. 49-50

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