Quilombolas são habitantes de quilombos, um fenômeno típico das Américas. Inicialmente no período brasileiro da escravidão este termo representava os africanos escravizados e os afrodescendentes que fugiram dos engenhos de açúcar, fazendas e pequenas propriedades para formar os vilarejos chamados quilombos,[1] contemporaneamente este refere-se aos descendentes dessas pessoas que foram escravizadas, que vivem em comunidades rurais, suburbanas e urbanas caracterizadas pela agricultura de subsistência e por manifestações culturais que têm forte vínculo com o passado africano.[1][2]
Mais de quinze mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.[3] Tais comunidades estão dispersadas por boa parte do território brasileiro, sobretudo nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. O quilombo é considerado uma das primeiras formas de luta popular no Brasil, formado por pessoas em conflito com o sistema de governo colonial, que enfrentaram a opressão criando uma nova sociedade e economia.[4]
Comunidades quilombolas, juntamente com outros movimentos sociais camponeses articulados, nas últimas décadas conquistaram o direito à educação básica do campo. Trata-se de uma educação com características diferenciadas do ensino escolar tradicional, particularmente em relação ao regime de alternância.
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