Via do Infante de Sagres | ||
---|---|---|
Portugal | ||
Mapa da autoestrada A22 | ||
Identificador europeu | E 01 | |
Tipo | Autoestrada | |
Extensão | 133 km | |
Orientação | Poente a Nascente | |
Extremos • Poente: • Nascente: |
Lagos (Bensafrim) A-49 Ayamonte Ponte Internacional do Guadiana Castro Marim (Castro Marim) | |
Interseções | A 2 , IC 1 , IC 4 , IC 27 , N 2 , N 125 , N 270 , N 396 , N 398 | |
Administração | Infraestruturas de Portugal | |
Concessionária | Autoestrada do Algarve - Via do Infante | |
Regime | Gratuito | |
Tráfego médio diário | 9 153[1] (Dezembro de 2017) | |
|
A A 22 - Via do Infante de Sagres, mais conhecida como Via do Infante, mas também conhecida como Via Longitudinal do Algarve é oficialmente uma autoestrada portuguesa que atravessa longitudinalmente a região do Algarve. Até meados da década de 2000, a maior parte da Via do Infante não era considerada uma autoestrada, mas sim uma via rápida com perfil transversal de autoestrada (similar ao IC19 ou IC32), estando numerada como IC4 até Guia e como IP1 daí até à fronteira de Castro Marim.
Faz a ligação entre Lagos e a fronteira de Castro Marim/Vila Real de Santo António. Tem início a oeste de Lagos, em Bensafrim, e passa próximo de Portimão, Lagoa, Silves e Albufeira antes de interceptar em Ferreiras a auto-estrada A 2 , que permite a ligação a Lisboa e ao Alentejo. A partir daí passa junto a Loulé, Faro, Olhão, Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António, terminando junto à Ponte Internacional do Guadiana, que faz fronteira com Espanha.
O seu primeiro troço foi inaugurado em Agosto de 1991, juntamente com a Ponte Internacional do Guadiana. Nos dois anos seguintes mais de metade do percurso ficou pronto, com a abertura da então via rápida IP 1 entre Castro Marim e Faro, em Dezembro de 1992, e entre a capital algarvia e a Guia (Albufeira) já em 1993.[2] Estes dois primeiros troços foram construídos directamente pelo Estado Português através da Junta Autónoma de Estradas. Aí, o então IP1 (hoje IC1) seguia para norte (com perfil de via rápida com 1 faixa de rodagem), em direcção ao Alentejo e a Lisboa, ficando a faltar o prolongamento da Via do Infante para o Barlavento Algarvio, integrado no IC 4 .
No entanto, essa extensão só ocorreu na década seguinte, com a abertura do lanço Guia–Alcantarilha, em Maio de 2000. Esse lanço também foi construído diretamente pelo Estado português (por via do Instituto das Estradas de Portugal, que sucedeu à Junta Autónoma de Estradas em 1999). Em 2000, o Estado integrou os troços da Via do Infante que já estavam construídos e o troço que ainda faltava construir (Bensafrim–Alcantarilha) numa Parceria Público-Privada entregue à Euroscut. Esta parceria, a chamada Concessão Algarve era uma concessão de 30 anos baseada em portagens virtuais / SCUT. A Via do Infante ficou por fim completa em Abril de 2003, altura a partir da qual começou a ser implementada a nomenclatura de autoestrada (A22).
A Via do Infante (e mais tarde, A22) esteve concessionada em regime de portagens virtuais / SCUT desde 2000, sendo explorada pela Euroscut, no entanto, a partir de 8 de Dezembro de 2011 começaram a ser cobradas portagens por sistema exclusivamente eletrónico. Em 2015, o contrato da concessão Algarve foi alterado: a concessão passou a ser baseada num regime de disponibilidade, ou seja, a concessionária passou a ser remunerada exclusivamente com base no número de dias em que a A22 estava operacional, e não com base numa mistura entre esse número de dias e o tráfego registado (como acontecia com o modelo de portagens virtuais).[3] Nesta revisão do contrato ficou também estabelecido que as receitas das portagens eram entregues à Infraestruturas de Portugal, a qual pagava à Euroscut os custos da cobrança de portagens.[3]
No ano 2016, a Euroscut foi comprada pela Cintra Infraestructures, passando a concessão a chamar-se Via do Infante[4].
A A22 registou entre outubro e dezembro de 2012 um tráfego médio de 5.514 viaturas por dia, quando no mesmo período do ano anterior era de praticamente 10.600 viaturas (-44,4%).
Durante o último trimestre de 2012, o pico das quebras na Via do Infante verificou-se em novembro. Neste mês, comparando com o mesmo do ano anterior, circularam naquela antiga Scut menos 55,5% de viaturas (-6.215 viaturas diárias)[5].
As portagens na Via do Infante renderam 28,2 milhões de euros de receita em 2014, o que representou uma subida de 4,5 milhões relativamente ao ano anterior.[6]
A partir de 1 de janeiro de 2025, as portagens eletrónicas foram retiradas, tendo a Via do Infante passado a um regime gratuito.[7]
Traçado da A 22 no Google Maps