Afonso V | |
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Rei de Portugal e Algarves | |
1º Reinado | 13 de setembro de 1438 a 11 de novembro de 1477 |
Coroação | 15 de janeiro de 1446 |
Antecessor(a) | Duarte I |
Sucessor(a) | João II |
Regentes | ver lista
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2º Reinado | 15 de novembro de 1477 a 28 de agosto de 1481 |
Predecessor(a) | João II |
Sucessor(a) | João II |
Nascimento | 15 de janeiro de 1432 Sintra, Portugal |
Morte | 28 de agosto de 1481 (49 anos) Lisboa, Portugal |
Sepultado em | Mosteiro da Batalha, Batalha, Leiria, Portugal |
Esposa | Isabel de Coimbra Joana de Trastâmara |
Descendência | João, Príncipe de Portugal Joana, Princesa de Portugal João II de Portugal |
Casa | Avis |
Pai | Duarte I de Portugal |
Mãe | Leonor de Aragão |
Religião | Catolicismo |
Assinatura | ![]() |
Brasão | ![]() |
Afonso V (Sintra, 15 de janeiro de 1432 – Lisboa, 28 de agosto de 1481), apelidado de o Africano pelas suas conquistas em África, foi o Rei de Portugal e Algarves de 1438 até à sua morte em 1481. Era o filho mais velho do rei Duarte I e sua esposa Leonor de Aragão. Afonso ascendeu ao trono com apenas seis anos de idade, com uma regência sendo estabelecida e inicialmente liderada pela sua mãe, porém pouco depois foi passada para o tio Pedro, Duque de Coimbra.[1] Este procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas.[1]
Segundo o cronista Rui de Pina tratava-se de um rei bastante culto que escreveu sobre astrologia, matemática, alquimia, cavalaria e também era músico, deixando ainda uma obra bastante importante para a época.[2]
Em 1448, D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo D. Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na Batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger.[1] Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes da Mina, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro, cujos lucros auxiliaram o rei na conquista.
Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha D. Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após não obter uma clara vitória na Batalha de Toro, D. Afonso abdicou da coroa para o filho, D. João II de Portugal, morrendo em 1481.
Segundo alguns historiadores de arte é uma das personagens representadas num dos "Painéis de São Vicente de Fora" e para esses está naquele que é chamado de "Painel do Infante".[3]