Afonso de Albuquerque | |
---|---|
Retrato de Afonso de Albuquerque, Governador e Vice-Rei da Índia, pintura do século XVI de autor desconhecido | |
Governador da Índia Portuguesa | |
Período | 1509–1515 |
Antecessor(a) | Francisco de Almeida |
Sucessor(a) | Lopo Soares de Albergaria |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1452 – 1462 (?) Portugal |
Morte | 16 de dezembro de 1515 Goa |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe: Leonor de Meneses Pai: Gonçalo de Albuquerque |
Filhos(as) | Brás de Albuquerque |
Afonso de Albuquerque (c. 1452–1462[1] – Goa, 16 de Dezembro de 1515), cognominado o Grande, o César do Oriente, o Leão dos Mares, o Terribil e o Marte Português, foi um fidalgo, militar e o 2.º governador da Índia Portuguesa, cujas ações militares, religiosas e políticas foram determinantes para o estabelecimento do Império Português no oceano Índico.
Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão:[2] procurou fechar todas as passagens navais para o Índico — no Atlântico, mar Vermelho, golfo Pérsico e oceano Pacífico — construindo uma cadeia de fortalezas em pontos-chave para transformar este oceano num mare clausum português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados hindus.[3]
Destacou-se tanto pela ferocidade em batalha como pelos muitos contactos diplomáticos que estabeleceu. Nomeado governador após uma longa carreira militar no Norte de África, em apenas seis anos — os últimos da sua vida — com uma força nunca superior a quatro mil homens sucedeu a estabelecer a capital do Estado Português da Índia em Goa; conquistar Malaca, ponto mais oriental do comércio Índico; chegar às ambicionadas "Ilhas das especiarias", as ilhas Molucas; dominar Ormuz, entrada do golfo Pérsico; e estabelecer contactos diplomáticos com numerosos reinos da Índia, Etiópia, Reino do Sião, Império Safávida (Pérsia) e até o Império Mingue (China). Adem seria o único ponto estratégico cujo domínio falhou, embora tenha liderado a primeira frota europeia a navegar no mar Vermelho, a montante do estreito Babelmândebe.
Pouco antes da sua morte, segundo algumas fontes, teria sido agraciado com o título de vice-rei e "Duque de Goa" pelo rei D. Manuel, que nunca usufruiu; nessa hipótese, teria sido o primeiro português a receber um título de além-mar e o primeiro duque nascido fora da família real. Foi o segundo europeu a fundar uma cidade na Ásia, sendo o primeiro Alexandre, o Grande.