Afro-brasileiros[1][2][3] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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População de pretos por município segundo o censo de 2022 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
População total | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Pretos: 20.656.458 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Regiões com população significativa | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Línguas | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Português | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Religiões | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
63,2% Catolicismo romano 23,5% Protestantismo 0,31% Religiões afro-brasileiras 9,18% Sem religião definida (dos quais 0,27% são ateus e 0,04% agnósticos) 3,55% Outras religiões e crenças.[4] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Grupos étnicos relacionados | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Angolanos, Moçambicanos, Congoleses, Nigerianos, Beninenses, Camaroneses, Gaboneses, Guineenses, Senegaleses, Afro-americanos, Afro-latino-americanos, Afro-caribenhos, Afro-jamaicanos |
Afro-brasileiros,[5] negros, pretos[6] ou afrodescendentes[7] são os termos usualmente adotados para designar a parcela da população brasileira descendente dos povos nativos da África subsaariana.[8]
Preto e pardo estão entre as cinco categorias étnico-raciais usadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto com branco, amarelo e indígena. No censo de 2022, 20,7 milhões de brasileiros (10,2% da população) se identificaram como pretos, enquanto 92,1 milhões (45,3% da população) se identificaram como pardos, juntos totalizando 55,5% da população do Brasil.[9] O termo preto é geralmente associado àqueles com a pele mais escura, e sabe-se que muitos brasileiros de ascendência africana se identificam como pardos.[10] O Movimento Negro considera pretos e pardos como parte de uma única categoria: negros. Em 2010, essa perspectiva ganhou reconhecimento oficial quando o Congresso Nacional aprovou uma lei criando o Estatuto da Igualdade Racial. No entanto, essa definição é contestada,[11][12] pois uma parte dos pardos é composta por pessoas indígenas assimiladas ou pessoas com ascendência indígena e europeia, em vez de africana, especialmente nos estados do Norte do Brasil.[13][14][15]
Durante o período da escravidão, entre os séculos XVI e XIX, o Brasil recebeu aproximadamente quatro a cinco milhões de africanos, que constituíam cerca de 40% de todos os africanos trazidos para as Américas. Muitos africanos que escaparam da escravidão fugiram para os quilombos, comunidades onde podiam viver livremente e resistir à opressão. Em 1850, o Brasil determinou a proibição definitiva do tráfico transatlântico de escravos e, em 1888, o país aboliu a escravidão, tornando-se o último na América a fazê-lo. O Brasil tem sua paisagem cultural e social profundamente moldada pelos afro-brasileiros. Suas contribuições são especialmente notáveis nos esportes, na culinária, na literatura, na música e na dança, com elementos como samba e capoeira refletindo esse legado. Nos tempos contemporâneos, os afro-brasileiros ainda enfrentam disparidades socioeconômicas e discriminação racial.