Parte da série sobre o | ||||||||||
Holocausto | ||||||||||
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![]() Judeus na rampa de seleção em Auschwitz, maio de 1944 | ||||||||||
Responsabilidade
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Atrocidades |
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Resistência |
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Aktion T4 (pronunciado [akˈtsi̯oːn teː fiːɐ]; Ação T4) foi o nome usado nos julgamentos pós-Segunda Guerra Mundial[1] para o programa de eugenismo e eutanásia da Alemanha nazista, durante o qual médicos assassinaram centenas de pessoas consideradas por eles "incuravelmente doentes, através de exame médico crítico".[2] O programa ocorreu oficialmente de setembro de 1939[3][4] a agosto de 1941, mas continuou de modo não-oficial[5] até o fim do regime nazista em 1945.[6]
Durante a fase oficial de Ação T4, 70 273 pessoas foram mortas,[7] mas no Julgamento de Nuremberga encontraram evidências de que os médicos alemães e austríacos continuaram a eutanásia de doentes depois de outubro de 1941 e que cerca de 275 mil pessoas foram assassinadas sob a T4.[8] Uma pesquisa mais recente, baseada em arquivos recuperados após 1990, dá um valor de pelo menos 200 000 pessoas com deficiência física ou intelectual que foram mortas por medicação, fome ou nas câmaras de gás entre 1939 e 1945.[9]
O nome T4 era uma abreviação de Tiergartenstraße 4, o endereço de uma casa no bairro Tiergarten em Berlim, que foi a sede da Gemeinnützige Stiftung für Heil- und Anstaltspflege, com o nome eufemístico literalmente traduzido para o português como "Fundação de caridade para cuidados institucionais".[10] Este órgão funcionava sob a direção do Reichsleiter Philipp Bouhler, o chefe da chancelaria privada de Hitler,[11] e Dr. Karl Brandt médico pessoal de Hitler.
Em outubro de 1939, Hitler assinou um "decreto da eutanásia" com a data retroativa a 1 de setembro de 1939, que autorizava Bouhler e Brandt a realizarem o programa de eutanásia (traduzido para o português como segue):
"O líder do Reich Philipp Bouhler e Dr. Brandt estão encarregados da responsabilidade de ampliar a competência de certos médicos, designados pelo nome, de modo que os pacientes, baseando-se no julgamento humano [menschlichem Ermessen], que forem considerados incuráveis, podem ser-lhes concedida a morte de misericórdia [Gnadentod] após exigente diagnóstico."[12][13]