Alfred North Whitehead | |
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Retrato de Alfred North Whitehead | |
Filosofia do Processo Teologia do Processo | |
Nascimento | 15 de fevereiro de 1861 Ramsgate, Kent, Reino Unido |
Morte | 30 de dezembro de 1947 (86 anos) Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos |
Sepultamento | Trinity College Chapel |
Nacionalidade | britânico |
Cidadania | Reino Unido |
Cônjuge | Evelyn Ada Maud Rice Willoughby-Wade |
Filho(a)(s) | Thomas North Whitehead |
Irmão(ã)(s) | Henry Whitehead |
Alma mater | Universidade de Cambridge Universidade de Harvard |
Ocupação | filósofo, matemático, físico, teólogo, escritor, lógico |
Distinções | Medalha Sylvester (1925) |
Empregador(a) | Universidade Harvard, University College London, Imperial College London |
Orientador(a)(es/s) | Edward Routh[1] |
Orientado(a)(s) | Raphael Demos,[2] Charles Hartshorne, Susanne Langer, Willard van Orman Quine, Bertrand Russell, Gregory Vlastos, Paul Weiss |
Campo(s) | filosofia, matemática, metafísica |
Obras destacadas | Processo e Realidade Principia Mathematica |
Assinatura | |
Alfred North Whitehead (Ramsgate, 15 de fevereiro de 1861 – Cambridge, 30 de dezembro de 1947) foi um filósofo, lógico e matemático britânico. É o fundador da escola filosófica conhecida como a filosofia do processo, atualmente aplicada em vários campos da ciência, como dentre outros na ecologia, teologia, pedagogia, física, biologia, economia e psicologia.
No início de sua carreira dedicou-se à matemática, à lógica e à física. Seu primeiro grande trabalho foi O Tratado sobre a Álgebra Universal (1898), onde se propôs a unificar a álgebra, a exemplo do que David Hilbert fez com a geometria não euclidiana. Seu trabalho mais notável sobre o assunto é o Principia mathematica (1910–1913), escrito com a colaboração de seu ex-aluno Bertrand Russell. O Principia Mathematica é considerado uma das obras mais importantes do século XX.[3]
Durante o período entre o final dos anos 1910 e o início dos anos 1920, Whitehead enveredou-se gradualmente para a filosofia da ciência e para a metafísica. Durante esse período, afastou-se do logicismo e passou a se dedicar à filosofia da natureza como mostrado nas obras Os Princípios do Conhecimento Natural (1919) e O Conceito da Natureza (1920). Em Os Princípios da Relatividade (1922) ele faz uma abordagem crítica à teoria da relatividade de Albert Einstein. Desenvolveu um sistema completo de metafísica que ocorre em meio à mudança e ao dinamismo, algo radicalmente diferente de tudo visto na filosofia ocidental até então. Atualmente a obra filosófica de Whitehead — principalmente sua Magnum Opus, Processo e Realidade (1929) — é considerada a fundadora da filosofia do processo.
Sua metafísica é centrada nos conceitos de "apertos" (expressão que ele usa para indicar que uma percepção consciente ou inconsciente incorpora alguns aspectos do objeto percebido). Whitehead não busca explicar a teoria do conhecimento, e sim a experiência em si, distinguindo-se da metafísica de Immanuel Kant. A filosofia do processo de Whitehead pressupõe que "é urgente ver o mundo como uma rede de processos interdependentes da qual fazemos parte, e todas as nossas escolhas e nossas ações têm consequências onde vivemos".[4] Por essa razão Whitehead foi muito influente nos estudos da ecologia, sobretudo na ética ambiental de John B. Cobb.[5]