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Bacillus anthracis

Bacillus anthracis

Classificação científica
Domínio: Bacteria
Filo: Firmicutes
Classe: Bacilli
Ordem: Bacillales
Família: Bacillaceae
Género: Bacillus
Espécie: B. anthracis
Nome binomial
Bacillus anthracis
(Cohn, 1872)

Bacillus anthracis é uma bactéria do gênero Bacillus responsável pela doença denominada carbúnculo, que é uma zoonose. Esta foi a primeira bactéria associada a uma doença, em 1877 por Robert Koch. O nome específico anthracis advém da palavra grega anthrax (ἄνθραξ), que significa carvão, fazendo referência às lesões que provoca na pele, quando a infeção é cutânea (a pele fica escura – necrose).

Como outras espécies de bacilos, B. anthracis tem forma de bastonete e é Gram-positiva. É anaeróbico facultativo, encapsulado, imóvel e agente patogênico obrigatório.[1] Mede de 1 a 1,5 micrômetros por 3 a 10 micrômetros. A bactéria produz endósporos que repousam no solo, resistindo a altos níveis de calor ou frio[2] e podem permanecer décadas no estado dormente. Quando infectam animais, incluindo o homem, germinam dentro destes, e começam a sua multiplicação, produção de factores virulentos, acabando eventualmente por lhe provocar a morte.

Quanto a resistência, só é destruído por calor em uma temperatura de 140 C° por n0 mínimo 3 horas, são tão resistentes que podem permanecer vivos por até 70 horas em uma solução de HgCl2 a 0,1%. No solo as condições favoraveis para essa resistência são poca depressão no solo, pouca erosão, profundezas ricas em aluviais, pH entre 6 e 8, nitrogênio e cátions como cálcio.

Em relação as condições climáticas são; alta umidade relativa do ar, temperatura de 10 a 45 C°. A ocorrência de tempestades e primavera chuvosa com verão seco podem promover facilidade de permanência no solo.[3]

B. anthracis tem cerca de 89 estirpes conhecidas, algumas das quais são virulentas. Os seus esporos poderão ser utilizados como armas biológicas, pois a sua inalação é fatal (como os da estirpe Ames, utilizada nas cartas enviadas a estações de jornalismo e a políticos nos EUA em 2001).[4] Outras estirpes são completamente inócuas. As estirpes diferem na presença e atividade de vários genes, determinando a sua virulência e a produção de antigénios e toxinas.

  1. Spencer, R. C. (2003). Bacillus anthracis. Journal of clinical pathology, 56(3), 182-187.
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  3. Cardoso, Telma Abdalla de Oliveira; Vieira, Duarte Nuno (2015). «Bacillus anthracis como ameaça terrorista». Saúde em Debate: 1138–1148. ISSN 0103-1104. doi:10.1590/0103-110420161070072. Consultado em 15 de dezembro de 2021 
  4. Jernigan, D. B., Raghunathan, P. L., Bell, B. P., et al. (2002). Investigation of bioterrorism-related anthrax, United States, 2001: epidemiologic findings. Emerging infectious diseases, 8(10), 1019.

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