Em filosofia, economia e ciência política, o bem comum (também comunidade, bem-estar geral ou benefício público) é o que é compartilhado e benéfico para todos ou a maioria dos membros de uma determinada comunidade ou, alternativamente, o que é alcançado pela cidadania, pela ação e participação ativa do coletivo no domínio da política e do serviço público. O conceito de bem comum difere significativamente entre as doutrinas filosóficas.[1][2] As primeiras concepções do bem comum foram estabelecidas pelos filósofos da Grécia Antiga, incluindo Aristóteles e Platão. Uma compreensão do bem comum enraizada na filosofia de Aristóteles permanece de uso comum hoje, referindo-se ao que um estudioso contemporâneo chama de "bem próprio e alcançável apenas pela comunidade, mas individualmente compartilhado por seus membros."[3]
O conceito de bem comum desenvolvido através do trabalho de teóricos políticos, filósofos morais e economistas públicos, incluindo Tomás de Aquino, Nicolau Maquiavel, John Locke, Jean-Jacques Rousseau, James Madison, Adam Smith, Karl Marx, John Stuart Mill, John Maynard Keynes, John Rawls e muitos outros pensadores. Na teoria econômica contemporânea, um bem comum é qualquer bem que seja rival, mas não excludente, enquanto o bem comum, pelo contrário, surge no subcampo da economia do bem-estar e refere-se ao resultado de uma função de bem-estar social. Tal função de bem-estar social, por sua vez, estaria enraizada numa teoria moral do bem (como o utilitarismo). A teoria da escolha social visa compreender os processos pelos quais o bem comum pode ou não ser realizado nas sociedades através do estudo das regras de decisão coletiva. A teoria da escolha pública aplica a metodologia microeconômica ao estudo da ciência política, a fim de explicar como os interesses privados afetam as atividades e os resultados políticos.