Black is beautiful (em português, Negro é lindo) é um movimento cultural iniciado nos Estados Unidos da América na década de 1960 por afro-americanos. Mais tarde, espalhou-se fora dos Estados Unidos, predominantemente nos escritos do Movimento de Consciência Negra de Steve Biko, na África do Sul.
Seu objetivo é eliminar a ideia presente em muitas culturas de que as características naturais aos negros - como a cor da pele, os traços faciais e o cabelo - são inerentemente feios.[1] John Rock (abolicionista) foi inicialmente considerado o primeiro a utilizar a expressão "negro é lindo"— durante um discurso em 1858 — mas registros históricos indicam que, na verdade, ele nunca usou essa frase específica nesse dia.[2] O movimento também encorajou homens e mulheres a pararem de tentar eliminar traços identificados como africanos por meio do alisamento de seus cabelos e de esforços para clarear ou embranquecer a pele.[3]
Este movimento começou como uma luta para contrariar a ideia prevalente na cultura americana de que as características típicas de pessoas negras eram menos atraentes ou desejáveis do que as das pessoas brancas. Pesquisas apontam que a ideia de "negritude" como algo "feio" é altamente prejudicial para o estado psíquico dos afro-americanos, manifestando-se como um racismo internalizado. [4] Essa ideia adentrou-se nas próprias comunidades negras[5] e levou a práticas como as chamadas "festas de sacola de papel" (do inglês paper bag parties), eventos sociais os quais discriminavam afro-americanos de pele escura e admitiam apenas indivíduos de pele mais clara.