Bonnie Elizabeth Parker (1 de outubro de 1910 – 23 de maio de 1934) e Clyde Chestnut Barrow[1] (24 de março de 1909 – 23 de maio de 1934) foi um casal de criminosos americanos que viajava pela região central dos Estados Unidos, com sua gangue, durante a Grande Depressão, roubando e matando pessoas quando encurralados ou confrontados. Suas façanhas atraíram a atenção do público durante a "Era dos Inimigos Públicos", entre 1931 e 1936. Embora conhecidos hoje por seus mais de uma dúzia de assaltos a bancos, a dupla roubava com mais frequência pequenas lojas ou postos de gasolina rurais. Acredita-se que a gangue tenha matado pelo menos nove policiais e inúmeros civis. O casal acabou sendo emboscado e morto por policiais perto de Sailes, Paróquia de Bienville, Louisiana. Suas façanhas foram revividas e cimentadas no folclore pop americano através do filme Bonnie and Clyde, de 1967, de Arthur Penn.[2]
Mesmo durante a vida, a representação do casal na imprensa estava em desacordo com a dura realidade de sua vida na estrada, especialmente para Bonnie Parker. Apesar de estar presente em cem ou mais crimes durante os dois anos em que foi companheira de Clyde,[3] ela não era uma assassina que fumava charuto e se armava com metralhadoras, como representada nos jornais, cinejornais e revistas policiais da época. Um membro de gangue, W. D. Jones, mais tarde disse que não se lembrava de tê-la visto atirar em um oficial de justiça,[4] e o mito do charuto surgiu de uma foto instantânea de brincadeira encontrada pela polícia em um esconderijo abandonado, que foi enviada para a imprensa e publicada em todo o país. Apesar de Parker fumar cigarros Camel, ela nunca fez uso de charutos.[5]
Segundo o historiador Jeff Guinn as fotos do esconderijo levaram à glamourização de Parker e à criação de lendas sobre a gangue. Ele escreveu:
John Dillinger tinha aparência de ídolo de matinê, e Pretty Boy Floyd tinha o melhor apelido possível, mas as fotos de Joplin apresentaram novas superestrelas criminosas com a marca mais excitante de todas: sexo ilícito. Clyde Barrow e Bonnie Parker eram jovens e impetuosos e, sem dúvida, dormiam juntos.— Jeff Guinn[6]