Cabo de Santo Agostinho
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Município do Brasil | |
Praia de Itapuama, Bairro Reserva do Paiva, vista área da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho, Porto de Suape Navio João Cândido, Ruínas da Igreja em Nazaré. | |
Hino | |
Lema | Hinc natum Brasilia "Aqui, nasceu o Brasil" |
Gentílico | cabense |
Localização | |
Localização do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco | |
Localização do Cabo de Santo Agostinho no Brasil | |
Mapa do Cabo de Santo Agostinho | |
Coordenadas | 8° 17′ 13″ S, 35° 02′ 06″ O |
País | Brasil |
Unidade federativa | Pernambuco |
Região metropolitana | Recife |
Municípios limítrofes | Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Escada, Vitória de Santo Antão e Moreno |
Distância até a capital | 33 km |
História | |
Fundação | 15 de fevereiro de 1812 (212 anos) |
Administração | |
Prefeito(a) | Lula Cabral[1] (Solidariedade, 2025–2028) |
Características geográficas | |
Área total [2] | 448,735 km² |
População total (Censo 2022[3]) | 203 216 hab. |
• Posição | PE: 7.° |
Densidade | 452,9 hab./km² |
Clima | tropical (As') |
Altitude | 29 m |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
Indicadores | |
IDH (PNUD/2010 [4]) | 0,686 — médio |
• Posição | PE: 8.° |
PIB (IBGE/2019[5]) | R$ 9 922 739,36 mil |
• Posição | PE: 4.°) (BR:100.° |
PIB per capita (IBGE/2019[5]) | R$ 47 924,83 |
Sítio | www.cabo.pe.gov.br (Prefeitura) www.cabodesantoagostinho.pe.leg.br (Câmara) |
Cabo de Santo Agostinho é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Faz parte da concentração urbana do Recife e integra a região metropolitana desta capital. O cabo de Santo Agostinho (acidente geográfico homônimo) é considerado por diversos estudiosos o local do Descobrimento do Brasil, por ter sido a porção de terra avistada pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, bem como o ponto de desembarque do explorador, no dia 26 de janeiro de 1500, três meses antes da chegada de Pedro Álvares Cabral à costa brasileira.[6][7] Entretanto, a navegação de navios castelhanos ao longo da costa brasileira não produziu consequências. A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola. Por isso, considera-se que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.[8]
A formação rochosa, caracterizada por uma extrusão vulcânica que avança sobre o mar, é também um marco geológico mundial por representar o último ponto de ruptura entre a América do Sul e a África — que até então eram unidas em uma única e imensa massa continental denominada Gondwana (a parte sul da Pangeia).[9]
A cidade abriga juntamente com Ipojuca o Complexo Industrial Portuário de Suape, um dos maiores polos industriais do Nordeste do país.[10] A sede municipal tem uma temperatura média anual de 24,4 °C, sendo a mata atlântica a vegetação nativa do município. 71,7% da população cabense vive na zona urbana, contando com 65 estabelecimentos de saúde.[11] O seu Índice de Desenvolvimento Humano em 2010 era de 0,686, considerado médio, e o oitavo maior do Estado.[12]
O início de sua colonização remonta a 1536, dois anos após a doação da Capitania de Pernambuco a Duarte Coelho. Seu filho Duarte Coelho de Albuquerque, segundo Capitão-Donatário de Pernambuco, a partir de 1560 atuou com colonos e índios na consolidação da posse das terras. No âmbito de campanha mais ampla, associada à expulsão de franceses que se haviam apossado do Recife (mesma época da campanha pela retomada da Guanabara e erradicação da França Antártica pelo Governador-Geral do Brasil e fundador do Rio de Janeiro, Mem de Sá), Duarte Coelho de Albuquerque reconquistou o Cabo de Santo Agostinho. Aliado a índios e colonos, dali expulsou caetés hostis e viabilizou na sequência a organização de sesmarias e a ocupação produtiva de áreas onde foram erguidos engenhos de açúcar. Em 1593, as terras foram elevadas ao status de freguesia, devido à prosperidade proporcionada pela monocultura da cana-de-açúcar.[13]
O município guarda um grande acervo histórico, cultural e religioso, como os antigos engenhos que ajudaram a colocar Pernambuco no topo mundial da produção de açúcar no século XVII. Engenhos antigos, como o Engenho Massangana hoje impulsionam o turismo rural no estado e revelam o contexto histórico da região.[14] Além do Forte Castelo do Mar, anteriormente Nossa Senhora de Nazaré, que desempenhou papel de alguma relevância no contexto da Insurreição Pernambucana contra o domínio holandês, no início da criação de uma consciência nacional brasileira.[15][16]
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