Carlos Menem | |
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44.º Presidente da Argentina | |
Período | 8 de julho de 1989 a 10 de dezembro de 1999 |
Vice-presidente | Eduardo Duhalde (1989-1991) Nenhum (1991-1995) Carlos Ruckauf (1995-1999) |
Antecessor(a) | Raúl Alfonsín |
Sucessor(a) | Fernando de la Rúa |
Senador por La Rioja | |
Período | 10 de dezembro de 2005 a 14 de fevereiro de 2021 |
Governador de La Rioja | |
Período | 10 de dezembro de 1983 a 8 de julho de 1989 |
Antecessor(a) | Guillermo Jorge Piastrellini |
Sucessor(a) | Gregorio Alberto Calvero |
Governador de La Rioja | |
Período | 25 de maio de 1973 a 24 de março de 1976 |
Antecessor(a) | Julio Raúl Luchesi |
Sucessor(a) | Hector Osvaldo Perez Battaglia |
Dados pessoais | |
Nascimento | 2 de julho de 1930 Anillaco, Argentina |
Morte | 14 de fevereiro de 2021 (90 anos) Buenos Aires |
Nacionalidade | argentino |
Cônjuge | Zulema Yoma (1966-1991) Cecilia Bolocco (2001-2007) |
Partido | Partido Justicialista |
Religião | católico (ex-muçulmano sunita) |
Profissão | advogado |
Assinatura |
Carlos Saúl Menem Akil (Anillaco, 2 de julho de 1930 – Buenos Aires, 14 de fevereiro de 2021)[1] foi um político argentino que foi presidente da Argentina entre 8 de julho de 1989 a 10 de dezembro de 1999.[2] Ele também foi senador pela província de La Rioja de 10 de dezembro de 2005 até sua morte. Ideologicamente, ele se identificava como peronista e buscava políticas economicamente liberais, atuando como presidente do Partido Justicialista de 1990 a 2001, com sua abordagem política chamada Menemismo.
Nascido em Anillaco, uma pequena cidade da província de La Rioja, numa família de imigrantes sírios, Menem foi criado como muçulmano,[3] mas depois se converteu ao catolicismo romano para seguir carreira política pois, até 1994, a Constituição argentina exigia que o presidente fosse católico.[4][5] Menem tornou-se peronista durante uma visita a Buenos Aires. Ele liderou o partido em sua província natal de La Rioja e foi eleito governador em 1973. Foi deposto e detido durante o golpe de Estado argentino de 1976 e foi eleito governador novamente em 1983. Ele derrotou o governador de Buenos Aires, Antonio Cafiero, nas eleições primárias para as eleições presidenciais de 1989, que ele ganhou. A hiperinflação e as revoltas populares forçaram o presidente Raúl Alfonsín a renunciar mais cedo, encurtando a transição presidencial.
Menem apoiou o Consenso de Washington e enfrentou a inflação com o plano de conversibilidade em 1991. O plano foi complementado por uma série de privatizações e conseguiu controlar a inflação. A Argentina restabeleceu relações diplomáticas com o Reino Unido, suspensas desde a Guerra das Malvinas, e desenvolveu relações especiais com os Estados Unidos. Durante o seu governo, o país sofreu dois ataques terroristas. A vitória peronista nas eleições legislativas de 1993 permitiu-lhe persuadir Alfonsín (então líder do partido de oposição UCR) a assinar o Pacto de Olivos para a reforma de 1994 à Constituição argentina. Essa emenda permitiu a Menem concorrer à reeleição em 1995, que ele venceu. Uma nova crise econômica começou e os partidos opostos formaram uma coalizão política que ganhou as eleições legislativas de 1997 e as eleições presidenciais de 1999.
Após sua presidência, várias figuras importantes de seu governo foram presas e consideradas culpadas de várias acusações criminais e de corrupção, incluindo tráfico ilegal de armas, desvio de dinheiro públicos, extorsão e suborno. Sua posição como senador lhe rendeu imunidade ao encarceramento.[6][7][8][9] Menem concorreu à presidência novamente em 2003, mas diante de uma provável derrota no segundo turno contra Néstor Kirchner, ele optou por desistir, efetivamente entregando a presidência a Kirchner. Foi eleito senador por La Rioja em 2005.[10]