Cerco de Sarajevo | |||
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Guerra da Bósnia | |||
No sentido horário a partir do canto superior esquerdo:
Veículo civil após ser alvejado com armas; Forças da UNPROFOR na cidade; Prédio governamental atingido por bombardeio de tanques; Ataque aéreo dos EUA em posições VRS; Visão geral da cidade em 1996; Soldados VRS antes de uma troca de prisioneiros. | |||
Data | 5 de abril de 1992 – 29 de fevereiro de 1996 (3 anos, 10 meses, 3 semanas e 3 dias) | ||
Local | Sarajevo, Bósnia e Herzegovina | ||
Desfecho | Fim da guerra e do cerco através do Acordo de Dayton | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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O cerco de Sarajevo foi o mais longo cerco da história da guerra moderna,[5][6] tendo sido realizado pelas forças sérvias da autoproclamada República Srpska e do Exército Popular Iugoslavo. Durou de 5 de abril de 1992 a 29 de Fevereiro de 1996, durante a Guerra da Bósnia, entre as mal equipadas Forças de Defesa da Bósnia e Herzegovina, o Exército Popular Iugoslavo e o Exército da República Srpska, situados nas colinas que rodeiam a cidade.
Após a Bósnia e Herzegovina fazerem sua declaração de independência da República Socialista Federativa da Iugoslávia, os Sérvios Bósnios, cujo objetivo estratégico era criar um novo Estado sérvio da República Srpska, o qual incluiria parte do território da Bósnia e Herzegovina, cercaram Sarajevo com uma força de cerca de 18 000[7] homens. Baseados nas colinas circundantes, assaltaram a cidade com armamento pesado, que incluía artilharia, morteiros, tanques, canhões antiaéreos, metralhadoras pesadas, lançadores múltiplos de foguetes, mísseis lançados de aeronaves e rifles sniper.[7] Em 2 de maio de 1992, os sérvios bloquearam a cidade. As forças de defesa do governo bósnio, que estavam muito mal equipadas, foram incapazes de romper o cerco.
Estima-se que mais de 12 000 pessoas foram mortas e 50 000 feridas durante o cerco, sendo 85% das vítimas civis. Por causa dessas mortes e da migração forçada, em 1995, a população da cidade caiu para 334 663 pessoas (64% da população de antes da guerra).[8]
Em janeiro de 2003, a Câmara de Julgamento do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia condenou o primeiro comandante do Corpo de Sarajevo Romanija, Stanislav Galić, pelas campanhas de terror, que incluíram bombardeios e franco-atiradores, contra Sarajevo, principalmente o massacre do mercado Markale. O General Galić foi condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade durante o cerco. Em 2007, o general sérvio Dragomir Milosevic, que havia substituído Galić no cargo de comandante do Corpo de Sarajevo Romanija, foi considerado culpado dos mesmos crimes e condenado a 33 anos de prisão. A Câmara de Primeira Instância concluiu que o mercado Markale foi atingido em 28 de Agosto de 1995 por um morteiro de 120 mm disparado a partir de posições do Corpo de Sarajevo Romanija.