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Cilindro de Ciro

Cilindro de Ciro
Front view of a barrel-shaped clay cylinder resting on a stand. The cylinder is covered with lines of cuneiform textRear view of a barrel-shaped clay cylinder resting on a stand. The cylinder is covered with lines of cuneiform text
Parte frontal e traseira do Cilindro de Ciro
Material argila
Criado(a) 539–538 a.C.
Descoberto(a) Babilônia, Mesopotâmia, por Hormuzd Rassam em 1879
Exposto(a) atualmente Museu Britânico, Londres

O Cilindro de Ciro é um cilindro de argila, atualmente dividido em vários fragmentos, no qual está escrita uma declaração em grafia cuneiforme acadiana, em nome do , Ciro, o Grande.[1] Ele data do século VI a.C. (539 a.C.), e foi descoberto nas ruínas de Babilônia na Mesopotâmia (atual Iraque) em 1879.[2] É possessão do Museu Britânico (British Museum), que patrocinou a expedição responsável pela descoberta do cilindro. O artefato foi criado após a conquista persa da Babilônia em 539 a.C., quando o exército persa, sob Ciro, o Grande, invadiu e conquistou o império caldeu, trazendo-o sob o controle do Império Persa.

O texto no cilindro elogia Ciro, o Grande, listando sua genealogia como um rei de uma linhagem de reis. O rei da Babilônia, Nabonido, que foi derrotado e deposto por Ciro, é denunciado como um ímpio opressor do povo da Babilônia e suas origens humildes são implicitamente contrastadas com a herança de Ciro. O texto diz que o vitorioso Ciro foi recebido pelo povo da Babilônia como seu novo governante e entrou na cidade em paz. Ele apela ao deus Marduque, pedindo que ele proteja e ajude Ciro e seu filho, Cambises II. Ele exalta os esforços de Ciro como um benfeitor dos cidadãos da Babilônia responsável por melhorar suas vidas, repatriar os povos deslocados e restaurar templos e santuários religiosos pela Mesopotâmia e em outros lugares na região. Ele conclui com uma descrição do trabalho de Ciro de reparar as muralhas da Babilônia, na qual ele teria encontrado uma inscrição similar de um rei antigo da Babilônia.[3]

O texto do Cilindro foi relacionado por alguns estudiosos como evidência da política de Ciro de repatriação dos hebreus após o cativeiro na Babilônia — um ato que o livro de Esdras atribui a Ciro —, uma vez que o texto menciona a restauração de santuários religiosos e a repatriação dos povos deportados.[4] Alguns acadêmicos, contudo, contestam essa interpretação, notando que o Cilindro de Ciro identifica apenas santuários mesopotâmicos, e não menciona os judeus, Jerusalém ou Judeia.[5] O Cilindro também foi interpretado por alguns estudiosos como um “precursor da carta de direitos humanos”, embora o Museu Britânico e outros estudiosos rejeitem tal interpretação como sendo anacrônica[6] e equivocada.[7][8]

O cilindro foi adotado pelo Irã, anteriormente a 1979, como um símbolo nacional, tendo sido exposto ao público em Teerã, em 1971, para comemorar os dois mil e quinhentos anos da monarquia iraniana.[9]

  1. Kuhrt, Amélie (2007). The Persian Empire: A Corpus of Sources of the Achaemenid Period. London: Routledge.
  2. Muhammad A. Dandamayev. «CYRUS iv. The Cyrus cylinder» (em inglês) 
  3. «Cyrus cylinder» (em inglês). The British Museum }
  4. Becking, Bob (2006). ""We All Returned as One!": Critical Notes on the Myth of the Mass Return". Judah and the Judeans in the Persian period. Winona Lake, IN: Eisenbrauns.
  5. Janzen, David (2002). Witch-hunts, purity and social boundaries: the expulsion of the foreign women in Ezra 9–10. London: Sheffield Academic Press.
  6. Daniel, Elton L. (2000). The History of Iran. Westport, CT: Greenwood Publishing Group.
  7. Mitchell, T.C. (1988). Biblical Archaeology: Documents from the British Museum. London: Cambridge University Press.
  8. Arnold, Bill T.; Michalowski, Piotr (2006). "Achaemenid Period Historical Texts Concerning Mesopotamia". In Chavelas, Mark W.. The Ancient Near East: Historical Sources in Translation. London: Blackwell.
  9. Ansari, Ali (2007). Modern Iran: The Pahlavis and After. Harlow: Longman.

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