Dirigismo é uma doutrina econômica na qual o estado desempenha um forte papel diretivo em oposição a um papel meramente regulador ou não intervencionista sobre uma economia de mercado capitalista.[1] Como doutrina econômica, o dirigismo é o oposto do laissez-faire, enfatizando um papel positivo para a intervenção do Estado na contenção de ineficiências produtivas e falhas de mercado. As políticas do Dirigismo geralmente incluem o planejamento indicativo, investimentos feitos por parte do Estado e o uso de instrumentos de mercado como impostos e subsídios, para incentivar as entidades de mercado a cumprirem os objetivos econômicos do Estado.
O termo surgiu na era do pós-guerra para descrever as políticas econômicas da França, que incluíam grandes investimentos feitos pelo estado, o uso de um planejamento econômico indicativo para complementar o mecanismo de mercado e o estabelecimento de empresas estatais em setores estratégicos. Coincidiu tanto com o período de crescimento econômico e demográfico conhecido como os Trinta Anos Gloriosos, posterior à guerra, quanto com a desaceleração iniciada com a crise petrolífera de 1973.
O termo foi posteriormente utilizado para classificar outras economias que seguiram políticas semelhantes, mais notavelmente as economias dos tigres asiáticos, a Índia durante o período pré-liberalização[2][3] e, mais recentemente, a economia da República Popular da China.[4] O capitalismo de estado é um conceito relacionado.
A maioria das economias modernas podem ser caracterizadas como dirigistas em um certo grau, pois o estado pode exercer ação diretiva realizando ou subsidiando pesquisas e o desenvolvimento de novas tecnologias por meio de compras governamentais (especialmente no setor militar) ou por meio de institutos de pesquisa administrados pelo estado.[5]