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Doutor em filosofia

Uma pessoa sendo graduada como PhD

Um Doutor, abreviado nos países anglófonos: PhD, Ph.D., DPhil (do latim philosophiae doctor ou doctor philosophiae: "doutor em filosofia"), é um título fornecido pelas universidades reconhecido como grau terminal nos países de língua inglesa. Ou seja, é o maior grau universitário conferido ao final de um curso de estudos das mais variadas áreas na maioria dos países, obtido através de pesquisa científica. Os indivíduos que obtém o PhD podem usar o título de "doutor" (geralmente abreviado para Dr.). Aqueles que lecionam ou trabalham em ambientes acadêmicos, de pesquisa ou educacionais geralmente usam o título como forma de reconhecimento e respeito.[1][2]

Os candidatos ao PhD devem produzir uma pesquisa original que expanda os limites do conhecido da área, na forma de tese ou dissertação e defendê-la diante de peritos na área. O corpo principal da pesquisa acadêmica que, em princípio, estará pronta a publicação em um periódico revisado por pares.[3] O PhD é comumente o requisito para a contratação de um professor universitário, pesquisador ou cientista em várias áreas de conhecimento.[4]

Os requerimentos específicos para a obtenção de um PhD variam de país para país, instituição, até período histórico. Nos estudos que levam à obtenção do título, o estudante é chamado de "aluno de doutorado" ou "aluno de PhD". O estudante que tenha completado todo o seu curso, passado pela banca de avaliação e defendido sua tese/dissertação é chamado de "candidato a doutorado" ou "candidato a PhD".[5]

Em muitos países, o candidato deve defender seu trabalho perante uma banca examinadora indicada pela universidade. Algumas universidades possuem outros tipos de doutorado, como o Doutor em Artes Musicais (D.M.A.) para músicos e profissionais da música e o Doutor em Educação (Ed.D.), para profissionais da educação. Em 2005, a Associação das Universidades Europeias definiram os "Princípios de Salzburgo", que consistem em dez princípios básicos para o processo de obtenção de doutorados com base no Processo de Bologna.[6] A estes se seguiram os "Princípios de Florença", em 2016, que consistem em sete princípios básicos para doutorados em artes.[7]

Em alguns países como China e Japão, candidatos em áreas como engenharia e farmácia, que nos países ocidentais obteriam doutorados específicos como Doutor em Engenharia (EngD) e Doutor em Farmácia (PharmD), recebem o título de PhD. Também acontece de esses diplomas, ao serem traduzidos para o inglês, venham com o título de PhD. Nestes países a distinção profissional entre os doutorados é menos significativa.[8]

O termo "filosofia" neste título não se relaciona apenas ao campo da filosofia propriamente dita, mas provém do sentido grego da palavra, que é amor ao conhecimento. Na Europa, os campos como história, filosofia, ciências sociais, matemática e história natural, diferente de teologia, medicina e direito, eram todos, tradicionalmente, conhecidos como "filosofia" e o curso básico da faculdade de artes liberais também era conhecido como "faculdade de filosofia".[9]

  1. Robert Hickey (ed.). «How address the holder of a Doctorate». Forms Of Address. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  2. «How to Correctly Use the Titles Dr. & PhD With a Name». Synonym. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  3. Dinham, S.; Scott, C. (2001). «The Experience of Disseminating the Results of Doctoral Research». Journal of Further and Higher Education. 25: 45–55. doi:10.1080/03098770020030498 
  4. «The disposable academic». The Economist. 16 de dezembro de 2010. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  5. Rebecca Schuman (ed.). «ABD Company». Slate. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  6. Kirsti Koch Christensen (ed.). «BOLOGNA SEMINAR: DOCTORAL PROGRAMMES FOR THE EUROPEAN KNOWLEDGE SOCIETY» (PDF). European Universities Association. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  7. «THE 'FLORENCE PRINCIPLES' ON THE DOCTORATE IN THE ARTS» (PDF). European League of Institutes of the Arts. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  8. «Qualifications and Degrees: Understanding the Chinese Dual-Credential System». chsi.com. Consultado em 4 de novembro de 2020 
  9. Chang, Sooyoung (2010). Academic Genealogy of Mathematicians. [S.l.]: World Scientific. p. 183. ISBN 978-981-4282-29-1. doi:10.1142/7420 

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