Equinocultura é a área da Zootecnia que trata da criação de equinos, ou seja cavalos, especialmente de raça.[1][2] Normalmente não tem como finalidade a produção de alimentos, o que o descaracteriza como animal de produção, aproximando-o como animal de companhia.
Atividade similar à equinocultura (equinocultura, no Brasil) é a equideocultura que abrange a criação de asininos (asnos, burros, jumentos) e de seus híbridos com o cavalo: o bardoto (cavalo com jumenta) e a mula (jumento com égua).
Os cavalos normalmente são criados para serem comprados e/ou ensinados e em raros casos são usados para a produção de alimentos, já que a carne de cavalo é pouco consumida, sendo esta atividade um aproveitamento secundário.
Cavalos são animais de comportamento natural gregário. O ancestral do cavalo evoluiu para viver em grupos, migrando em busca de um ambiente seguro e realizando diversas atividades ao longo do dia.
A chegada de cavalos no Brasil só foi registrada em 1549. Naquele ano, Tomé de Souza (primeiro governador-geral) mandou virem alguns animais, de Cabo Verde para a Bahia, na caravela Galga. Assim, nos primeiros anos da Colônia, a sua criação (junto com o gado bovino) foi iniciada formalmente e seria fundamental para a formação do Brasil.[3]
Com o passar do tempo e a falta de condições de alguns proprietários de oferecer um ambiente adequado ao comportamento natural do cavalo, foi criada a cultura de se confinar estes animais em baias. Diante disso uma série de cuidados deve ser tomada para a construção desta instalação. O cavalo é uma presa e evoluiu para escapar de situações perigosas e desagradáveis, o que pode causar-lhes ferimentos, principalmente quando são mantidos em baias pequenas. O criador deve procurar solta-lo em algum piquete ou pastagem, pelo menos algumas horas por dia para que o mesmo venha a expressar seu comportamento natural. Dentro da gama de problemas que os animais venham a apresentar, pode-se dizer que as instalações e o manejo são os de maior relevância no bem estar para os equinos.
Instalações apropriadas proporcionam um melhor estado de saúde para o animal, previnem acidentes e proporcionam maior tranquilidade, o levando a um equilíbrio mental que lhe permite aproveitar melhor os nutrientes oferecidos com menor desgaste energético para mantença.
Hoje o Brasil tem um rebanho equino aproximado de 5,5milhões de cabeças (IBGE). O mercado do agronegócio movimenta cerca de R$ 16 bilhões, e geram 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos.