Our website is made possible by displaying online advertisements to our visitors.
Please consider supporting us by disabling your ad blocker.

Responsive image


Eudemonismo

Eudaimonismo (do grego antigo εὐδαιμονισμός, translit. eudaimonismós; de εὐδαιμονία, eudaimonia, derivado de εὐδαίμων, eudaímon, termo composto de εὖ 'bem', 'bom' e δαίμων, transl. daímon, espírito intermediária entre o humano e o divino; destino) é toda doutrina que considera a busca de uma vida plenamente feliz - seja em âmbito individual seja coletivo - o princípio e fundamento dos valores morais, julgando eticamente positivas todas as ações que conduzam à felicidade.[1] É toda doutrina moral que, recolocando o bem na felicidade (eudaimonia),[2] persegue-a como um fim natural da vida humana. Segundo Abbagnano, eudemonismo é toda doutrina que assume a felicidade como princípio e fundamento da vida moral[3]

O eudemonismo distingue-se do hedonismo, segundo o qual, o fim da ação humana é a obtenção do prazer imediato,[2] entendido como gozo (pela escola cirenaica, de Aristipo)[4] ou entendido como ausência de dor (segundo a concepção epicurista).[5]

A procura da felicidade - A Idade de ouro, de Lucas Cranach, o Velho

O eudemonismo foi sustentado por todos os filósofos da Antiguidade, apesar das diferenças acerca da concepção de felicidade de cada um deles. Segundo Aristóteles:

"A felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações." [6]

Em oposição às concepções segundo as quais o homem deve procurar outros valores além da felicidade (a verdade, a justiça, a santidade, sexo etc), o eudemonismo engloba as doutrinas éticas (de Aristóteles, Epicuro, Montaigne, Espinoza, Diderot) que fazem da felicidade o valor supremo e o critério último de escolha das ações humanas. O eudemonismo funda-se sobre uma confiança geral no homem, que continua a ser a chave insubstituível do humanismo. A doutrina concentra-se sobre esta oportunidade única de desenvolvimento pleno que constitui a vida terrestre e é, por conseguinte, ao sucesso desta vida, à felicidade imediata ou racionalizada por um tempo longo, tanto a própria quanto a de outrem, que a ação humana consagra logicamente o seu esforço.

O aristotelismo é um eudemonismo intelectualista que coloca a felicidade na satisfação ligada à contemplação da verdade pelo espírito. O epicurismo é um eudemonismo hedonista que coloca a felicidade no prazer sensível do corpo mas também na prática da filosofia, único meio de liberar a alma dos seus tormentos e alcançar a serenidade e a amizade. O espinozismo, por sua vez, coloca a felicidade na alegria de compreender a natureza, no amor de si e do mundo e no poder da razão, que permite viver livre de paixões.

  1. Dicionário Houaiss : "eudemonismo"
  2. a b (em italiano) Enciclopedia Treccani: eudemonismo
  3. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia: "eudemonismo", p. 391
  4. "O prazer parcial é desejável em si, enquanto a felicidade não é desejável em si, mas devém somente graças aos prazeres parciais de que é composta" (in Diógenes Laércio, II, 87)
  5. (em italiano) Enciclopedia Treccani :"edonismo" Arquivado em 22 de abril de 2016, no Wayback Machine.
  6. Aristóteles, Ética a Nicômaco 1.12.8.

Previous Page Next Page






Eudämonismus ALS Eudemonisme Catalan Eudaimonismus Czech Eudaimonisme Danish Eudaemonism English Eŭdemonismo EO Eudemonismo Spanish Eudaimonism ET Eudemonismo EU ائودایمونیا FA

Responsive image

Responsive image