Falangismo é a ideologia política da Falange Española de las JONS mais tarde Falange Española Tradicionalista y de las Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista (ambas conhecidas simplesmente por "Falange"), bem como os derivados da mesma noutros países. Em sua forma original, o Falangismo é amplamente considerado uma ideologia fascista. [1] Sob a liderança de Francisco Franco, muitos dos elementos radicais do Falangismo considerados como fascistas foram diluídos e em grande parte tornou-se uma ideologia autoritária e conservadora ligada à Espanha franquista. [2] Os oponentes das mudanças franquistas no partido incluem o ex-líder da Falange Manuel Hedilla. O Falangismo coloca uma forte ênfase na identidade religiosa católica, embora tenha mantido alguns pontos de vista seculares sobre influência direta da Igreja na sociedade, uma vez que acreditava que o Estado deveria ter a autoridade suprema sobre a nação. [3] O Falangismo enfatiza a necessidade de autoridade, hierarquia e ordem na sociedade. [3] O Falangismo é anticapitalista, antidemocrático e antiliberal. [4]
O manifesto original da Falange, os "Vinte e Sete Pontos", declaram que o Falangismo apoia: a unidade da Espanha e a eliminação do separatismo regional; estabelecimento de uma ditadura liderada pela Falange; utilização da violência para regenerar a Espanha; promoção da revitalização e desenvolvimento do Império Espanhol; uma revolução social para criar: uma economia sindicalista nacional, que cria sindicatos nacionais tanto dos empregados e empregadores para organizar mutuamente e controlar a atividade econômica, reforma agrária, expansão industrial, respeito à propriedade privada com exceção de nacionalizar os mecanismos de crédito para evitar a usura capitalista.[5] Apoia criminalização de greves por funcionários e locautes por empregadores como atos ilegais. [6] O Falangismo suporta que o estado deve ter jurisdição de fixação de salários. [6] Sob Franco, a Falange abandonou suas tendências anticapitalistas originais, declarando a ideologia como sendo totalmente compatível com o capitalismo. [7] No entanto, a Falange da Era Franco apoiou o desenvolvimento de cooperativas não capitalistas, como a Corporação Mondragon, pois reforçava a reivindicação franquista da não existência de classes sociais na Espanha durante seu regime. [8]
A Falange espanhola e de suas afiliadas nos estados hispânicos em todo o mundo promoveram uma forma de pan-hispanismo conhecida como Hispanidad que promovia tanto a união cultural como econômica das sociedades hispânicas em todo o mundo. [9]
O Falangismo atacava tanto a esquerda como a direita política como seus "inimigos", declarando não ser nem de esquerda nem de direita, mas uma terceira posição sincrética. [10] No entanto, fontes acadêmicas analisam o Falangismo colocando-o na direita política.[11]