Foz do Douro
| |
---|---|
Freguesia portuguesa extinta | |
Antigo edifício-sede da extinta freguesia da Foz do Douro | |
Alcunha(s) | Foz Velha ou São João da Foz do Douro |
Localização | |
Localização de Foz do Douro em | |
Mapa de Foz do Douro | |
Coordenadas | 41° 09′ 06″ N, 8° 40′ 29″ O |
Município primitivo | Porto |
Município (s) atual (is) | Porto |
Freguesia (s) atual (is) | Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde |
História | |
Fundação | 1836 |
Extinção | 2013 |
Características geográficas | |
Área total | 3,00 km² |
População total (2011[1]) | 10 997 hab. |
Densidade | 3 665,7 hab./km² |
Outras informações | |
Orago | São João Batista |
Foz do Douro é uma localidade portuguesa do Município do Porto que foi sede da extinta Freguesia de Foz do Douro, freguesia que, pela Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro,[2] foi agregada às Freguesias de Aldoar e de Nevogilde para criar a União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.
A Foz do Douro, cujo núcleo urbano mais antigo é também conhecido popularmente como Foz Velha (grosso modo, a zona entre a Rua da Cerca e a Rua da Beneditina), foi vila e sede de concelho, com uma única freguesia, entre 1833 e 1836, quando foi integrada no município do Porto. O seu orago é São João, pelo que as designações de S. João da Foz ou S. João da Foz do Douro eram também comuns.
A Foz do Douro é uma zona interclassista, mais conhecida, no entanto, como zona habitada pela classe alta da cidade. O seu passeio marítimo, salpicado de esplanadas, bares e jardins à beira-mar, fazem dela uma das mais procuradas dentro do Porto, pelo seu elevado requinte.
No seu património, realce para as primeiras manifestações em Portugal da arquitectura da Renascença, com a capela-farol de S. Miguel-o-Anjo, na Cantareira, e o palácio e Igreja, intra-muros do Forte de São João Baptista da Foz, obras mandadas construir pelo Bispo D. Miguel da Silva, em 1527, com a participação do arquitecto-escultor Francisco de Cremona. A Igreja Matriz e o citado forte (ambos do século XVII) são também de assinalar. Entre as encostas do Monte da Luz e a do Monte, descendo até à Cantareira, existe um aglomerado urbano rico que, em importância, segue logo o do centro histórico da cidade.
Raul Brandão nasceu aqui. Aqui viveram ou vivem os artistas Ângelo de Sousa, Irene Vilar; os escritores António Rebordão Navarro, Vasco Graça Moura, Eugénio de Andrade e Antero de Figueiredo, entre muitas outras personalidades da nossa cultura.
Sobre a Foz, muitas páginas foram escritas por, para além dos citados, Agustina Bessa Luís, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, e outros, assim como vários artistas utilizaram os seus motivos para obras de arte: Vieira da Silva, António Carneiro, Ângelo de Sousa, Armando Alves, Alvarez, etc.