Os gases de efeito de estufa (português europeu) ou gases do efeito estufa (português brasileiro) (GEE) são gases que absorvem e emitem energia radiante dentro da faixa do infravermelho térmico, causando o efeito de estufa.[1] Os principais gases de efeito de estufa na atmosfera da Terra são o vapor de água (H
2O
), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e ozono (O3). Sem gases de efeito de estufa, a temperatura média da superfície da Terra seria de cerca de -18°C,[2] em vez da média atual de 15°C.[3][4][5] As atmosferas de Vénus, Marte e Titã também contêm gases de efeito estufa.
As atividades humanas desde o início da Revolução Industrial (por volta de 1750) aumentaram a concentração atmosférica de dióxido de carbono em quase 50%, de 280 ppm em 1750 para 419 ppm em 2021.[6] A última vez que a concentração atmosférica de dióxido de carbono foi tão alta foi há mais de 3 milhões de anos atrás.[7] Este aumento ocorreu apesar da absorção de mais da metade das emissões por diversos sumidouros naturais de carbono no ciclo do carbono.[8][9]
Com as taxas atuais de emissão de gases de efeito estufa, as temperaturas podem aumentar em 2°C, que o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas (IPCC) diz ser o limite superior para evitar níveis "perigosos", até 2050.[10] A grande maioria das emissões antropogénicas de dióxido de carbono provêm da queima de combustíveis fósseis, principalmente carvão, petróleo e gás natural, com contribuições adicionais do fabrico de cimento, produção de fertilizantes, desflorestação e outras mudanças no uso do solo.[11][12][13]