Gastrite | |
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Micrografia de gastrite. Coloração H&E. | |
Especialidade | Gastroenterologia |
Sintomas | Dor na parte superior do abdómen, náuseas, vómitos, distensão abdominal, perda de apetite, azia[1][2] |
Complicações | Hemorragias, úlceras no estômago, tumores no estômago, anemia perniciosa[1][3] |
Duração | Aguda ou crónica[1] |
Causas | Helicobacter pylori, AINEs, álcool, fumar, cocaína, doença grave, doenças autoimunes[1] |
Método de diagnóstico | Endoscopia, radiografia com contraste, análises ao sangue, análises às fezes[1] |
Condições semelhantes | Enfarte do miocárdio, inflamação do pâncreas, cólica biliar, úlcera péptica[2] |
Tratamento | Antiácidos, antagonistas do recetor H2, inibidores da bomba de protões, antibióticos[1] |
Frequência | ~50% das pessoas em algum momento da vida[4] |
Mortes | 50 000 (2015)[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | K29.0-K29.7 |
CID-9 | 535.0-535.5 |
CID-11 | 1871672644 |
DiseasesDB | 34500 |
MedlinePlus | 001150 |
eMedicine | emerg/820 med/852 |
MeSH | D005756 |
Leia o aviso médico |
Gastrite é a inflamação do revestimento do estômago. A doença pode ser aguda ou crónica. O sintoma mais comum é dor na parte superior do abdómen.[1] Os outros sintomas incluem náuseas, vómitos, sensação de dilatação abdominal, perda de apetite e azia.[1][2] Muitas pessoas não manifestam sintomas. Entre as complicações comuns estão hemorragias, úlceras e tumores no estômago.[1] Quando a doença tem origem autoimune, a falta de vitamina B12 pode diminuir a quantidade de glóbulos vermelhos, uma condição denominada anemia perniciosa.[3]
Entre as causas comuns de gastrite estão a infeção pela bactéria Helicobacter pylori e o consumo de anti-inflamatórios não esteroides. Entre as causas menos comuns estão, entre outras, o consumo excessivo de álcool, de tabaco, de cocaína, doenças graves, doenças autoimunes, radioterapia e doença de Crohn.[1][6] O diagnóstico pode ser assistido por endoscopia, radiografia e análises ao sangue e às fezes.[1] Os sintomas de gastrite podem ser confundidos com um enfarte do miocárdio. Entre outras doenças com sintomas semelhantes estão a inflamação do pâncreas, cólica biliar e úlcera péptica.[2]
A prevenção consiste em evitar as causas da doença.[4] O tratamento consiste em medicamentos como antiácidos, antagonistas do recetor H2 ou inibidores da bomba de protões.[1] Durante um ataque agudo pode ser administrada lidocaína.[7] Quando a gastrite é causada por anti-inflamatórios não esteroides, o seu consumo pode ser interrompido. A gastrite causada pela bactéria H. pylori pode ser tratada com uma combinação de antibióticos como a amoxicilina e a claritromicina.[1] Para pessoas com anemia perniciosa são recomendados suplementos de vitamina B12, orais ou injetáveis.[3] Os doentes são geralmente aconselhados a evitar alimentos que causem desconforto.[8]
Estima-se que metade da população mundial seja afetada por gastrite em determinado momento da vida.[4] Em 2013 foram registados aproximadamente 90 milhões de novos casos da doença.[9] A doença torna-se mais comum conforme a idade avança.[4] A gastrite, a par de uma condição semelhante denominada duodenite, foram responsáveis por 50 000 mortes em 2015.[5] A bactéria H. pylori foi descoberta por Barry Marshall e Robin Warren em 1981.[10]