Guerra às drogas é um termo comumente aplicado a uma campanha, liderada pelos Estados Unidos, de proibição de drogas, ajuda militar e intervenção militar,[5] com o intuito de definir e reduzir o comércio ilegal de drogas.[6][7] Esta iniciativa inclui um conjunto de políticas de narcóticos que são destinadas a desencorajar a produção, distribuição e o consumo do que os governos participantes e as Nações Unidas definem como drogas psicoativas ilegais. O termo foi popularizado pela mídia logo após a conferência de imprensa dada em 18 de junho de 1971 pelo então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, durante a qual ele declarou que o abuso do uso de drogas ilegais era o "inimigo público número um".[8] No dia anterior, Nixon publicou uma mensagem especial ao Congresso sobre "Prevenção e Controle do Abuso de Drogas". Essa mensagem para o Congresso incluiu um texto sobre gastar mais recursos federais para a "prevenção de novos viciados e a reabilitação daqueles que são viciados", mas essa parte não recebeu a mesma atenção do público quanto o termo "guerra às drogas".[9][10][11] A organização sem fins lucrativos Drug Policy Alliance estima que apenas os Estados Unidos gastam cerca de 51 bilhões de dólares anualmente na guerra contra as drogas.[12]
Em 13 de maio de 2009, Gil Kerlikowske, o atual diretor do Office of National Drug Control Policy (ONDCP), disse que a administração Obama não pretende modificar sensivelmente a política de combate às drogas, mas também que o governo não usaria o termo "Guerra às Drogas", porque Kerlikowske considera o termo "contraproducente".[13] A visão do ONDCP é de que "a dependência química é uma doença que pode ser prevenida e tratada com sucesso ... deixar as drogas mais disponíveis irá tornar mais difícil manter nossas comunidades saudáveis e seguras."[14] Uma das alternativas que Kerlikowske tem mostrado é a política de drogas da Suécia, que visa equilibrar as preocupações de saúde pública com a oposição a legalização das drogas. As taxas de prevalência de uso de cocaína na Suécia são quase um quinto das da Espanha, o maior consumidor da droga.[15]
Em junho de 2011, a autonomeada "Global Commission on Drug Policy" divulgou um relatório crítico sobre a guerra às drogas, ao declarar: "A guerra global contra as drogas fracassou, com consequências devastadoras para indivíduos e sociedades ao redor do mundo. Cinquenta anos após o início da Convenção Única das Nações Unidas sobre Entorpecentes e anos depois que o presidente Nixon lançou a guerra do governo dos Estados Unidos contra as drogas, reformas fundamentais nas políticas nacionais e globais de controle das drogas ainda são urgentemente necessárias."[16] O relatório foi criticado por organizações que se opõem a legalização geral de drogas.[14]