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Guerras bizantino-otomanas

Guerras bizantino-otomanas

Em sentido horário a partir do alto, à esquerda: muralhas de Constantinopla, janízaros otomanos, bandeira bizantina e canhão de bronze otomano.
Data 1265 - 1479
Local Bálcãs
Anatólia
Desfecho Decisiva vitória Otomana
Fim do Império Romano do Oriente
Beligerantes
Império Bizantino

República de Gênova
República de Veneza

Reino da Sicília
Império de Trebizonda
Despotado do Epiro
Principado de Teodoro
Estados Papais
Despotado Sérvio
Império Otomano

As guerras bizantino-otomanas foram uma série de conflitos entre os turcos otomanos e os bizantinos que levaram à destruição final do Império Romano do Oriente e à ascensão do Império Otomano.

Em 1204, a capital bizantina, Constantinopla, foi saqueada e ocupada pelos soldados da Quarta Cruzada, um momento decisivo no contexto do cisma cristão que vigorava entre ocidente e oriente. Os bizantinos, já enfraquecidos pelo desgoverno, se viram mergulhados no caos.[1] Aproveitando-se da situação, o Sultanato de Rum iniciou seu avanço na Anatólia ocidental, que só foi interrompido quando o Império de Niceia conseguiu repeli-lo. Em 1261, a capital foi retomada das mãos do Império Latino pelos nicenos, porém, a posição do Império Bizantino no continente europeu permaneceu incerta por causa da presença ameaçadora de reinos rivais como o Despotado do Epiro, a Sérvia e o Segundo Império Búlgaro. Esta ameaça e o enfraquecimento do Sultanato de Rum levaram à transferência das tropas asiáticas para a Trácia para defender as posses bizantinas na região.[2] Porém, o enfraquecimento dos seljúcidas não foi, de forma alguma, algo positivo, pois nobres conhecidos como gazis começaram a criar seus próprios feudos às custas do território conquistado dos bizantinos. O mais poderoso deles era Osmã I, que agora ameaçava Constantinopla e Niceia (atual İznik). Em 1299, seguro de sua posição, Osmã se declarou sultão e seus territórios passaram a ser conhecidos a partir daí como Império Otomano.

Num período de 50 anos depois da fundação do Beilhique Otomano, a Ásia Menor bizantina deixou de existir[3] e, por volta de 1380, a Trácia também. Em 1400, o poderoso Império Bizantino não passava de uma coleção de territórios composta pelo Despotado da Moreia, as ilhas Egeias e uma faixa de terra vizinha da capital. A Batalha de Nicópolis em 1386, a invasão de Tamerlão em 1402 e a Cruzada de Varna em 1444 deram algum respiro aos bizantinos e adiaram a derrota até 1453, quando Constantinopla finalmente caiu. Com o fim da guerra, se se estabeleceu a supremacia otomana no Mediterrâneo Oriental.

  1. The Fourth Crusade and the Sack of Constantinople, Jonathan Phillips, History Today v 54:5 2004
  2. Compact History, pp. 70–71
  3. Grant, R.G. (2005). Battle a Visual Journey Through 5000 Years of Combat. London: Dorling Kindersley. p. 122 

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