Hilemorfismo ou hilomorfismo,[1][2] em filosofia, é a teoria elaborada por Aristóteles e desenvolvida na filosofia escolástica, segundo a qual todos os seres corpóreos são compostos por matéria e forma. Tem grande impacto na antropologia filosófica. A palavra é um termo do século XIX formado a partir das palavras gregas ὕλη ( hyle : "madeira, matéria") e μορφή ( morphē : "forma").[3]
O hilemorfismo é a doutrina que Aristóteles concebeu para opor-se, simultaneamente, ao idealismo platônico (na sua doutrina das Ideias) e ao materialismo adotado por filósofos pré-socráticos (entre os quais figuram de modo proeminente Demócrito e Leucipo, fundadores do Atomismo, Empédocles e Anaxágoras. [4]
Primeiramente, é importante não confundir "forma" com "formato". Forma seria mais como uma essência do ser, e que sem ela, o ser deixaria de ser o que é. A forma é o que faz possível a diferenciação entre uma árvore e uma mesa (podem ser feitos da mesma matéria, porém, são coisas distintas). Portanto, a forma é o ser em ato. Já a matéria é aquilo que tem a potência de se tornar em ato.
Matéria = Potência
Forma = Ato.
Essa ideia pode também ser aplicada em coisas não físicas, como linguagem; por exemplo: o meio que eu uso para passar uma ideia, é um tipo de matéria (verbal, escrita etc.). O que dá forma a essa matéria (palavra), é o que conhecemos como semântica. Mesmo que seja a mesma matéria (mesma palavra), a forma pode ser diferente (pode significar coisas diferentes).