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Homossexuais na Alemanha Nazista

Ernst Röhm, oficial nazista que era homossexual assumido.[1]

Os homossexuais constituíam um dos grupos perseguidos pelo regime nazista. Antes de 1933, os atos homossexuais eram ilegais na Alemanha sob o Parágrafo 175 do Código Criminal Alemão (Strafgesetzbuch). No entanto, a lei não era aplicada de forma consistente, e uma cultura gay próspera existia nas principais cidades alemãs. Após a Machtergreifung em 1933, a infraestrutura do primeiro movimento homossexual, composta por clubes, organizações e publicações, foi fechada. Após a purga de Röhm em 1934, a perseguição aos homossexuais tornou-se uma prioridade do estado policial nazista. Uma revisão do Parágrafo 175 em 1935 facilitou a apresentação de acusações criminais por atos homossexuais, o que levou a um grande aumento em prisões e condenações. A perseguição atingiu seu auge nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial e se estendeu a áreas anexadas pela Alemanha, incluindo Áustria, as terras tchecas e a Alsácia-Lorena.

O regime nazista considerava a eliminação de todas as manifestações de homossexualidade na Alemanha como um de seus objetivos. Os homens frequentemente eram presos após denúncia, batidas policiais e com base em informações obtidas durante interrogatórios de outros homossexuais. Aqueles presos eram presumidos culpados e submetidos a interrogatórios e torturas severas para obter uma confissão. Entre 1933 e 1945, estima-se que 100.000 homens tenham sido presos por homossexualidade; cerca de 50.000 deles foram condenados por tribunais civis, de 6.400 a 7.000 por militares e um número desconhecido por tribunais especiais. A maioria desses homens cumpriu pena em prisões comuns, e entre 5.000 e 6.000 foram encarcerados em campos de concentração. A taxa de mortalidade desses prisioneiros foi estimada em 60%, uma taxa mais alta do que a de outros grupos de prisioneiros. Um número menor de homens foi condenado à morte ou morto em centros de eutanásia nazistas. A perseguição da Alemanha nazista aos homossexuais é considerada o episódio mais grave em uma longa história de discriminação e violência contra minorias sexuais.

Após a guerra, inicialmente os homossexuais não foram contabilizados como vítimas do nazismo, pois a homossexualidade continuou a ser ilegal nos estados sucessores da Alemanha nazista. Poucas vítimas vieram a público para relatar suas experiências. A perseguição ganhou maior atenção pública durante o movimento de libertação gay na década de 1970, e o triângulo rosa foi reapropriado como um símbolo LGBT.

  1. Machtan, Lothar (2001). O segredo de Hitler. Rio de Janeiro: Objetiva. pp. 351 páginas 

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