Idi Amin | |
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Amin, em 1975, antes de discursar perante a Assembleia Geral das Nações Unidas. | |
3º Presidente de Uganda | |
Período | 25 de janeiro de 1971 a 11 de abril de 1979 |
Vice-presidente | Mustafa Adrisi (1977–1978) |
Antecessor(a) | Milton Obote |
Sucessor(a) | Yusuf Lule |
Dados pessoais | |
Nome completo | Idi Amin Dada Oumee |
Nascimento | 30 de maio de 1928[1] Nakasero, Kampala, Uganda |
Morte | 16 de agosto de 2003 (75 anos) Jidá, Meca, Arábia Saudita |
Progenitores | Mãe: Assa Aatte Pai: Andreas Nyabire |
Esposas | Malyamu (1966–1974) Kay (1966–1974) Nora (1967–1974) Nalongo Madina (1972–2003) Sarah Kyolaba (1975–2003) |
Filhos(as) | 43 (estimado)[2] |
Religião | Islamismo |
Serviço militar | |
Lealdade | ![]() ![]() |
Serviço/ramo | Exército Britânico (1946–1962) Exército Ugandense (1962–1979) |
Anos de serviço | 1946–1979 |
Graduação | Tenente (Reino Unido) Marechal de campo (Uganda) |
Unidade | King's African Rifles (1946–1962) |
Conflitos | Revolta dos Mau-Mau Golpe de Estado em Uganda Guerra Uganda-Tanzânia |
Idi Amin Dada (Kampala, 30 de maio de 1928 – Jidá, 16 de agosto de 2003) foi um militar ugandense que ocupou o cargo de presidente de Uganda de 1971 até 1979. É considerado um dos ditadores mais brutais e déspotas da história.[3]
Idi Amin nasceu em Kampala, de um pai da tribo kakwa e uma mãe lubara. Em 1946, aos vinte anos, ingressou nos King's African Rifles (KAR) do exército colonial britânico como cozinheiro. Ele foi ascendendo as patentes, até chegar a tenente, lutando ao lado dos britânicos contra rebeldes somalis, na Guerra de Shifta e, depois, na Revolta dos Mau-Mau, no Quênia. Quando Uganda ganhou sua independência do Reino Unido, em 1962, Amin permaneceu nas forças armadas, chegando à patente de major, sendo nomeado general e comandante do exército ugandense em 1965. Em 1971, quando ele soube que o presidente Milton Obote estava planejando prendê-lo, por desviar fundos do exército, Amin lançou um golpe de estado e se declarou presidente.
Durante os anos no poder, Amin deixou de ser um governante pró-Ocidente, que contava com um apoio considerável de Israel e do Reino Unido, para se tornar um líder aliado a Muammar Gaddafi da Líbia, a Mobutu Sese Seko do Zaire, à União Soviética e à Alemanha Oriental.[4][5][6] Em 1975, Amin tornou-se presidente da Organização da Unidade Africana (OUA), um grupo Pan-africano, criado para promover a solidariedade entre os Estados africanos.[7] Uganda chegou a ser membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos, de 1977 a 1979.[8] O Reino Unido rompeu relações diplomáticas com Uganda, em 1977, e Amin declarou então que ele havia derrotado os britânicos, adicionando "CBE" ("Conqueror of the British Empire", ou "Conquistador do Império Britânico") ao seu título oficial.[9]
À medida que o governo de Amin avançava até o final da década de 1970, houve um aumento da agitação contra sua perseguição a certos grupos étnicos e dissidentes políticos, juntamente com a péssima posição internacional de Uganda, devido ao apoio de Amin aos sequestradores terroristas na Operação Entebbe. Em 1978, Amin tentou então conquistar a região da Kagera, no norte da Tanzânia, mas o presidente tanzaniano Julius Nyerere mobilizou suas tropas e invadiu Uganda; o exército da Tanzânia, apoiado por rebeldes ugandenses, eventualmente tomou Kampala, em 11 de abril de 1979, removendo Amin do poder. O ditador ugandense partiu então para o exílio, primeiro para a Líbia, depois para o Iraque e, finalmente, para a Arábia Saudita, onde passaria o resto de sua vida, falecendo em 16 de agosto de 2003.[10]
O regime de Amin foi caracterizado por constantes abusos de direitos humanos, incluindo repressão política, perseguição étnica e execuções extrajudiciais, além de nepotismo, corrupção e má gestão econômica. Observadores internacionais e grupos de direitos humanos estimam que entre 100 000[11] e 500 000 pessoas foram assassinadas, durante o regime de Amin.[9]