A primeira Klan surgiu no sul dos Estados Unidos no final dos anos 1860 e deixou de existir no início da década de 1870. A organização tentou derrubar os governos estaduais republicanos no sul durante a Era da Reconstrução, especialmente através do uso da violência contra líderes afro-americanos. Com inúmeros ataques em todo o sul, o grupo foi suprimido por volta de 1871, através da aplicação da lei federal. Seus membros faziam seus próprios trajes, muitas vezes coloridos: roupões, máscaras e chapéus cônicos, projetados para serem aterrorizantes e para esconder suas identidades.[26][27]
A segunda versão do grupo foi fundada em 1915 e começou a atuar em todo o país em meados da década de 1920, especialmente nas áreas urbanas do Centro-Oeste e Oeste. Se opunham aos católicos e judeus, especialmente os imigrantes mais recentes, sendo que ressaltava sua profunda oposição à Igreja Católica.[28] Esta segunda organização adotou um traje branco padrão e usava palavras de código semelhantes como as do primeiro Klan, além de ter adicionado os rituais de queima de cruzes e de desfiles em massa.
A terceira e atual manifestação da KKK surgiu depois de 1950, sob a forma de grupos pequenos, locais e desconexos que fazem uso do nome KKK. Eles se concentraram na oposição ao movimento dos direitos civis, muitas vezes usando violência e assassinatos para reprimir ativistas. É classificado como um grupo de ódio pela Liga Antidifamação e pelo Southern Poverty Law Center.[29] Estima-se ter entre 5 000 e 8 000 membros em 2012. A segunda e a terceira encarnações do Ku Klux Klan faziam referências frequentes ao sangue "anglo-saxão" dos Estados Unidos, que remete ao nativismo do século XIX.[30] Embora os membros da KKK jurem defender a moralidadecristã, praticamente todas as denominações cristãs oficialmente denunciaram as práticas e ideologias da KKK.[31]
↑McVeigh, Rory. "Structural Incentives for Conservative Mobilization: Power Devaluation and the Rise of the Ku Klux Klan, 1915–1925". Social Forces, Vol. 77, No. 4 (junho de 1999), p. 1463.
↑Blow, Charles M. (7 de janeiro de 2016). "Gun Control and White Terror". The New York Times. Acessado em 3 de março de 2022.
↑Al-Khattar, Aref M. (2003). Religion and terrorism: an interfaith perspective. Westport, Connecticut: Praeger. pp. 21, 30, 55
↑Michael, Robert, and Philip Rosen. Dictionary of antisemitism from the earliest times to the present. Lanham, Maryland: Scarecrow Press, 1997, p. 267.[Falta ISBN]
↑Elaine Frantz Parsons, "Midnight Rangers: Costume and Performance in the Reconstruction-Era Ku Klux Klan". Journal of American History 92.3 (2005): 811–36.
↑Wyn Craig Wade, The Fiery Cross: The Ku Klux Klan in America (Oxford University Press, 1998)
↑Michael Newton, The Invisible Empire: The Ku Klux Klan in Florida.
↑Perlmutter, Philip (1 de janeiro de 1999). Legacy of Hate: A Short History of Ethnic, Religious, and Racial Prejudice in America. [S.l.]: M.E. Sharpe. p. 170. ISBN978-0-7656-0406-4. Kenneth T. Jackson, in his The Ku Klux Klan in the City 1915-1930, reminds us that "virtually every" Protestant denomination denounced the KKK, but that most KKK members were not "innately depraved or anxious to subvert American institutions," but rather saw their membership in keeping with "one-hundred percent Americanism" and Christianity morality.