Ludwig | |||||
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No Brasil | Ludwig - A Paixão de um Rei | ||||
Em Portugal | Ludwig | ||||
Itália · França 1973 • cor • 184 min | |||||
Direção | Luchino Visconti | ||||
Roteiro | Luchino Visconti Enrico Medioli Suso Cecchi d'Amico | ||||
Elenco | Helmut Berger Trevor Howard Silvana Mangano Romy Schneider Gert Fröbe John Moulder Brown Marc Porel | ||||
Idioma | língua italiana língua francesa | ||||
Cronologia | |||||
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Ludwig (bra: Ludwig - A Paixão de um Rei; prt: Ludwig)[1][2] é um filme de drama épico e biográfico de 1973, sobre o "Rei Louco" Ludwig II, que governou a Baviera de 1864 a 1886. Dirigido e co-escrito por Luchino Visconti, é estrelado por Helmut Berger no papel de Ludwig e Romy Schneider como Imperatriz Elisabeth da Áustria (reprisando seu papel no filme Sissi de 1955 e suas duas sequências: Sissi - Die junge Kaiserin (1956), Sissi - Schicksalsjahre einer Kaiserin (1957)), junto com Trevor Howard, Silvana Mangano, Helmut Griem e Gert Fröbe. Trata-se da terceira e última parte da "Trilogia Alemã" de Visconti[3] - precedida por La caduta degli dei (que também foi estrelado por Berger e Griem) e Morte em Veneza.[4]
Uma coprodução internacional (filmada em inglês)[5] do produtor italiano Ugo Santalucia e do produtor da Alemanha Ocidental Dieter Giessler, Ludwig foi um dos filmes europeus mais caros da época e teve um sucesso moderado em seus territórios de origem, mas foi recebido de forma modesta nos Estados Unidos, onde uma versão de 177 minutos, fortemente truncada, foi lançada.[6]
As filmagens ocorreram em Munique e arredores da Baviera, e nos Estúdios Cinecittà. Como indicado em seus créditos finais, o filme teve a distinção de apresentar uma performance de Franco Mannino[7] na composição original para piano de Richard Wagner, intitulada Elegie in A Flat Major (composição inédita e obra final para piano do artista).[8]
Existem pelo menos quatro versões diferentes do filme, que de acordo com o All Movie Guide "perde-se muito quando encurtado, pois cada momento é essencial para a história".[9] O crítico de cinema alemão Wolfram Schütte escreveu que aqueles que viram a versão abreviada "não viram o filme".
A edição final feita por Visconti tinha mais de quatro horas de duração, o que os distribuidores do filme consideraram muito longo.[10] Ludwig foi então encurtado para três horas na estreia em Bonn, em 18 de janeiro de 1973. O corte foi sem o consentimento de Visconti, mas o diretor, que estava com problemas de saúde após um derrame durante as filmagens, não conseguiu impedi-lo.[10] A representação da homossexualidade de Ludwig causou controvérsia, particularmente na Baviera, onde o rei Ludwig era admirado por muitos conservadores.[10] Entre os críticos estava o primeiro-ministro bávaro Franz Josef Strauss, que também esteve na estreia do filme.[10] Os distribuidores temiam a controvérsia e mais 55 minutos foram cortados da versão de estreia, reduzindo o filme para duas horas.[10] Cenas com insinuações homossexuais e alguns dos diálogos mais filosóficos incluídos foram cortados para torná-lo mais popular com o público mainstream.[10]
Ludwig ganhou em duas categorias no Prêmio David di Donatello, de Melhor Filme e Melhor Diretor, e foi indicado ao Oscar de 1974 na categoria de melhor figurino.[11] Helmut Berger e Romy Schneider receberam indicações ao German Film Award por sua atuação, e Berger ganhou um "Especial David di Donatello" por sua interpretação.
Em 1980, quatro anos após a morte de Visconti, seu editor original, Ruggero Mastroianni, e o roteirista Suso Cecchi d'Amico, o restaurou para a sua duração original de quatro horas. Esta versão teve sua estreia no Festival de Cinema de Veneza, também de 1980.