Mar de Aral | |
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Mar de Aral, em 1989 e 2008 | |
Localização | |
Coordenadas | 45.508653,58.7571705 |
Localização | Ásia Central |
País | ![]() ![]() |
Localidades mais próximas | Aral |
Características | |
Tipo | Águas salgadas |
Área * | 68 000 km² |
Profundidade máxima | 31 m |
Volume * | 1100 km³ |
Bacia hidrográfica | Bacia Endorreia do Aral |
Afluentes | Amu Dária e Sir Dária |
Efluentes | não possui |
Ilhas | 1500 (1960) inexistentes (2009) |
* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas. |
O mar de Aral foi um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma usbeque de Caracalpaquistão (ao sul). O nome (em português, mar das Ilhas) refere-se à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas tem encolhido gradualmente desde os anos 1960 após projetos de irrigação soviéticos terem desviado os rios que o alimentam. Em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação.[1]
A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando desemprego e dificuldades económicas. A região também foi fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo do mar também já terá provocado uma mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.[2]
Está em curso uma iniciativa no Cazaquistão para salvar e recuperar o norte do mar de Aral. Como parte desta iniciativa, foi concluída uma barragem em 2005, e, em 2008, o nível da água já havia subido doze metros em comparação ao nível mais baixo, registrado em 2003.[3] A salinidade caiu, e os peixes são encontrados em número suficiente para tornar a pesca viável. No entanto, as perspectivas para o mar remanescente do sul permanece sombria, tendo sido chamado de "um dos piores desastres ambientais do planeta"[4].