Meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão (ASF), ou meliponíneos (tribo Meliponini), diferente da apicultura que se refere à criação de abelhas da espécie Apis mellifera (abelha européia, abelha africanizada; tribo Apini).[1] Na meliponicultura, as colméias podem ser organizadas em meliponários, locais com condições adequadas de temperatura, orientação solar, umidade, oferta de alimento (flores e resinas).[2]
Os objetivos da meliponicultura estão na produção e comercialização de colméias (ou parte delas), mel, pólen, resinas, própolis, cera e outros substratos como atrativos e ninho-iscas; além do póprio serviço ecossistêmico de polinização, já que as abelhas são um dos principais agentes de polinização e a manutenção da biodiversidade.[4] Além disso, a atividade pode não fornecer produtos vendáveis, mas simplesmente visar a proteção das espécies contra a extinção. Por fim, é possível também utilizar-se de colônias de ASF para educação infantil ambiental, já que se trata de insetos, em sua maioria, sem comportamento agressivo ou nocivo ao ser humano.[5][6][7][8]
Os povos indígenas e comunidades tradicionais já manuseavam as abelhas sem ferrão e utilizavam o seu mel para diversos tratamentos de saúde (como a catarata), para alimentação e subsistência.[10] A meliponicultura já era praticada há muito tempo pelos povos nativos da América Latina, em especial aqueles do Brasil e México.[11]
Atualmente existe uma perspectiva direcionada à tecnificação e crescimento do conhecimento científico relacionado à criação e manejo das ASF, por se tratar de uma atividade que gera produtos de alto valor agregado e relacionados à preservação dos ambientes naturais.