Morcegos | |||||||||||
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Ocorrência: 52–0 Ma
Eoceno – Presente | |||||||||||
Classificação científica | |||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||
Subordens | |||||||||||
O morcego é um animal mamífero da ordem Chiroptera, cujos integrantes apresentam uma fina membrana de pele entre os dedos, a qual se estende até as patas e se conecta às laterais do corpo, formando as asas. Distinguem-se das aves, pois estas possuem penas suportadas por ossos. Os morcegos são os únicos mamíferos com voo verdadeiro.[1] No Brasil, o morcego pode ser raramente chamado pelos seus nomes indígenas andirá ou guandira.[2]
Esse grupo abrange 21 famílias e 237 gêneros [3]. Representam um quinto (~ 20%) de toda as espécies de mamíferos do mundo [4] São pelo menos 1 447 espécies,[3] que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos polos) e uma ampla diversidade de hábitos alimentares.
Tradicionalmente, os quirópteros dividam-se em duas subordem: a Subordem Microchiroptera), que seriam os morcegos capazes de ecolocalizar pela laringe, e a Subordem Megachiroptera, que não apresentava a capacidade de ecolocalizar pela laringe. Entretanto, estudos moleculares indicaram que essa classificação não está de acordo com a filogenia do grupo, portanto, a classificação mais adequada atualmente é a divisão dos quirópteros em Yangochiroptera e Yinpterochiroptera [5]
Os morcegos têm a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue.[6] Cerca de 70% dos morcegos são insetívoros, alimentando-se de insetos, sendo praticamente todo o restante frugívoros, ou seja, alimentam-se de frutas. Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas,[7] pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), fornecedores de nutrientes em cavernas e vetores de doenças silvestres, dentre outras funções. Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação.