NAeL Minas Gerais | |
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Reino Unido | |
Nome | HMS Vengeance |
Operador | Marinha Real Britânica |
Fabricante | Swan Hunter |
Batimento de quilha | 16 de novembro de 1942 |
Lançamento | 23 de fevereiro de 1944 |
Comissionamento | 15 de janeiro de 1945 |
Descomissionamento | 1952 |
Identificação | R71 |
Destino | Emprestado à Austrália |
Austrália | |
Nome | HMAS Vengeance |
Operador | Marinha Real Australiana |
Aquisição | 13 de novembro de 1952 |
Comissionamento | 13 de novembro de 1952 |
Descomissionamento | 25 de outubro de 1955 |
Identificação | R71 |
Destino | Devolvido ao Reino Unido; vendido para o Brasil |
Brasil | |
Nome | NAeL Minas Gerais |
Operador | Marinha do Brasil |
Homônimo | Minas Gerais |
Aquisição | 14 de dezembro de 1956 |
Comissionamento | 6 de dezembro de 1960 |
Descomissionamento | 16 de outubro de 2001 |
Número de registro | A-11 |
Destino | Desmontado |
Emblema do navio | |
Características gerais (serviço britânico e australiano) | |
Tipo de navio | Porta-aviões rápido |
Classe | Colossus |
Deslocamento | 18 040 t (carregado) |
Comprimento | 211,25 m |
Boca | 24,5 m |
Calado | 7,15 m |
Propulsão | 2 turbinas a vapor 4 caldeiras |
Velocidade | 25 nós (46 km/h) |
Autonomia | 6 200 milhas náuticas a 23 nós (11 500 km a 43 km/h) |
Armamento | 12 a 32 canhões de 40 mm 11 a 32 canhões de 20 mm |
Aeronaves | 24 Vought F4U Corsair 24 Fairey Barracuda |
Tripulação | 1 076 |
Características gerais (serviço brasileiro) | |
Deslocamento | 19 890 t (carregado) |
Autonomia | 12 000 milhas náuticas a 14 nós (22 000 km a 26 km/h) |
Armamento | 10 canhões de 40 mm 6 lançadores de mísseis Mistral |
Sensores | Lockheed SPS-40B; banda E/F Plessey AWS 4; banda E/F Signaal ZW06; banda I 2 SPG-34; banda I/J Scanter Mil-Par; banda I |
Aeronaves | 6 P-16E Tracker 4 a 6 SH-3A/B Sea King 2 UH-12/UH-13 Esquilo 3 UH-14 Super Puma |
Tripulação | 1000 + 350 do grupo aéreo |
Notas | |
Referências:[1][2][3][4] |
O NAeL Minas Gerais foi um porta-aviões leve da classe Colossus operado pela Marinha do Brasil (MB), de 1960 até 2001. O navio, estabelecido pela Marinha Real Britânica durante a Segunda Guerra Mundial como HMS Vengeance, foi concluído pouco antes do fim do conflito e não entrou em combate. Após passagens como navio de treinamento e navio de pesquisa no Ártico, o porta-aviões foi emprestado à Marinha Real Australiana, de 1952 a 1955. Ele foi devolvido aos ingleses, que o venderam ao Brasil em 1956.
Para a MB nesse período, a principal função de um porta-aviões seria a guerra antissubmarino. O navio passou por uma conversão de quatro anos na Holanda para torná-lo capaz de operar aeronaves mais pesadas. Comissionado na MB como Minas Gerais em 1960, foi o primeiro porta-aviões comprado por uma nação latino-americana e o segundo a entrar em serviço, atrás do ARA Independencia. A polêmica aquisição do navio permitiu à MB reconstituir sua aviação naval, o que gerou o problema da aviação embarcada, uma disputa com a Força Aérea Brasileira (FAB) pelo direito de embarcar aeronaves no porta-aviões. O Minas Gerais quase foi usado para ameaçar de bombardeio aéreo as forças alinhadas à Campanha da Legalidade, em 1961, mas a disputa com a FAB comprometia sua funcionalidade.
Ao final da crise, em 1965, a Marinha foi proibida de ter aeronaves de asa fixa. Numa situação única entre as marinhas de sua época, a aviação embarcada no Minas Gerais consistiu a partir de então em aviões de patrulha P-16 Tracker da FAB, organizados no 1.º Grupo de Aviação Embarcada (1.º GAE), e helicópteros da Marinha. O navio era a principal unidade da MB e passou por diversas reformas nesse período. De 1987 a 1996, tornou-se incapaz embarcar os aviões da FAB devido a uma catapulta defeituosa, sendo reatribuído como porta-helicópteros e navio de assalto anfíbio. A aposentadoria dos P-16 da FAB, em 1996, deu oportunidade à Marinha para reaver o direito a operar aviões, organizando o 1.º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque, cujos jatos chegaram a pousar no convés do Minas Gerais, em 2001. Entretanto, o navio era lento demais para o pouso seguro dos jatos em condições de pouco vento.
Em 2001, o Minas Gerais foi retirado de serviço e substituído pelo NAe São Paulo. Na época de seu descomissionamento, era o porta-aviões operacional mais antigo do mundo e a última unidade operacional do projeto "Frota Leve", da Segunda Guerra Mundial. Apesar das tentativas de preservar o porta-aviões como um navio-museu e após vários leilões fracassados (incluindo uma listagem no eBay), o Minas Gerais foi vendido para sucata em 2004 e levado para Alang, na Índia, para desmantelamento.
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