Sua Excelência Nelson Mandela | |
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Nelson Mandela em outubro de 1994. | |
1.º Presidente da África do Sul | |
Período | 10 de maio de 1994 a 14 de junho de 1999 |
Vice-presidente | F. W. de Klerk (1994-1996) Thabo Mbeki (1994-1999) [nota 1] |
Antecessor(a) | F. W. de Klerk (Presidente de Estado) |
Sucessor(a) | Thabo Mbeki |
19º Secretário-Geral do Movimento Não Alinhado | |
Período | 3 de setembro de 1998 a 14 de junho de 1999 |
Antecessor(a) | Andrés Pastrana |
Sucessor(a) | Thabo Mbeki |
Dados pessoais | |
Nome completo | Nelson Rolihlahla Mandela |
Nascimento | 18 de julho de 1918 Mvezo, Cabo Oriental União Sul-Africana |
Morte | 5 de dezembro de 2013 (95 anos) Joanesburgo, Gauteng África do Sul |
Alma mater | Universidade de Fort Hare Universidade de Londres Universidade da África do Sul Universidade de Witwatersrand |
Cônjuge | Evelyn Ntoko Mase (1944-1957) Winnie Madikizela (1957-1996) Graça Machel (1998-2013) |
Filhos(as) | Madiba; Makaziwe (2); Makgatho; Zenani; Zindziswa |
Partido | Congresso Nacional Africano |
Religião | Metodista |
Profissão | Advogado |
Residência | Joanesburgo |
Assinatura |
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 – Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Subsaariana, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993,[1] e pai da moderna nação sul-africana,[2] onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou "Tata" ("Pai").
Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo, e iniciar sua atuação política.[3] Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em um jovem advogado na capital e líder da resistência não violenta da juventude, acabando como réu em um infame julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do mundo e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país como uma sociedade multiétnica.[4]
Mandela passou 27 anos na prisão – inicialmente em Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmoor e Victor Verster. Depois de uma campanha internacional, foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil em seu país. Em dezembro de 2013, foi revelado pelo The New York Times que a CIA americana foi a força decisiva para a prisão de Mandela em 1962, quando agentes americanos foram empregados para auxiliar as forças de segurança da África do Sul a localizá-lo.[5] Até 2009, ele havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado de direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul livre. Em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, 18 de julho, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.[6]
Mandela foi uma figura controversa durante grande parte da sua vida. Denunciado como um terrorista comunista por seus críticos,[7][8] ele acabou sendo aclamado internacionalmente por seu ativismo e recebeu mais de 250 prêmios e condecorações, incluindo o Nobel da Paz em 1993, a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos e a Ordem de Lenin da União Soviética. Seus críticos apontam seus traços egocêntricos e o fato de seu governo ter sido amigo de ditadores simpáticos ao Congresso Nacional Africano (CNA).[9] Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência.[1][10] No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo".[11] Recebeu a Medalha Benjamin Franklin por Serviço Público de Destaque de 2000.
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