A Oca é um dos principais tipos de habitação indígena no Brasil. O termo é oriundo do tupi oka.[1]As ocas são construções de grandes dimensões, podendo a chegar a 30 metros de comprimento. São construídas em mutirão ao longo de cerca de uma semana, com uma estrutura de madeira e taquaras e cobertura de palha ou folhas de palmeira. As ocas chegam a durar 15 anos. Não possuem divisões internas ou janelas, apenas uma ou poucas portas e servem de habitação coletiva para várias famílias.[2]
Entre os povos ameríndios há diferentes modos de conceber e construir casas, pois a prática está diretamente ligada com a forma de se pensar e se relacionar de cada grupo. De modo que, assim como em qualquer sociedade, as habitações são uma consequência das relações sociais dos indivíduos entre si e com o ambiente em que vivem.[3]
A maneira como a oca é usada, dividida e construída, reflete o jeito pelo qual os habitantes têm de vivenciar o mundo. Não obstante, as construções variam muito de acordo com o modo de vida, o clima, o tipo de ambiente e os materiais de que os grupos dispõem para a construção.[1]
As formas das ocas também variam muito devido a cultura e costumes de cada grupo: podem ser circulares, retangulares, pentagonais, ovais, entre outras formas. O formato das ocas também mudou ao longo da história, principalmente na contemporaneidade, por conta do contato com os não indígenas, principalmente no que diz respeito ao material utilizado para a construção em algumas sociedades indígenas.[1]