Peter Brian Medawar | |
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Nascimento | 28 de fevereiro de 1915 Petrópolis |
Morte | 2 de outubro de 1987 (72 anos) Londres |
Sepultamento | St. Andrew's Churchyard, Alfriston |
Nacionalidade | britânico |
Cidadania | Reino Unido, Estados Unidos |
Cônjuge | Jean Medawar |
Filho(a)(s) | Caroline Medawar Garland |
Alma mater | Universidade de Oxford |
Ocupação | médico, imunologista, zoólogo, autobiógrafo, professor, biólogo, fisiólogo, pesquisador |
Distinções | Medalha Real (1959), Tercentenary Lectures (1960), Nobel de Fisiologia ou Medicina (1960), Medalha Copley (1969), Order of Merit (1981), Prêmio Michael Faraday (1987) |
Empregador(a) | University College London, Magdalen College, Universidade de Birmingham |
Instituições | Universidade de Birmingham, University College London, Instituto Nacional de Pesquisas Médicas |
Campo(s) | Fisiologia |
Religião | ateísmo |
Peter Brian Medawar (Petrópolis, 28 de fevereiro de 1915 — Londres, 2 de outubro de 1987[1]) foi um biólogo e escritor britânico.[2] nascido no Brasil, cujos trabalhos sobre a rejeição de enxertos e a descoberta da tolerância imunológica adquirida foram fundamentais para a prática médica de transplantes de tecidos e órgãos. Por seus trabalhos científicos é considerado o "pai do transplante".[3] Ele é lembrado por sua inteligência tanto pessoalmente quanto em escritos populares. Zoólogos famosos como Richard Dawkins referiu-se a ele como "o mais espirituoso de todos os escritores científicos"[4] e Stephen Jay Gould como "o homem mais inteligente que já conheci".[5]
Medawar era o filho mais novo de pai libanês e mãe britânica, e era cidadão brasileiro e britânico de nascimento. Estudou no Marlborough College e no Magdalen College, Oxford e foi professor de zoologia na Universidade de Birmingham e da Universidade College London. Até ficar parcialmente incapacitado por um infarto cerebral, ele foi Diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Médica em Mill Hill.[6] Com sua aluna de doutorado Leslie Brent e seu colega de pós-doutorado Rupert E. Billingham, ele demonstrou o princípio da tolerância imunológica adquirida (o fenômeno da falta de resposta do sistema imunológico a certas moléculas), previsto teoricamente por Sir Frank Macfarlane Burnet. Isso se tornou a base do transplante de tecidos e órgãos.[7] Ele e Burnet dividiram o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1960 "pela descoberta da tolerância imunológica adquirida".[8][9]
Foi agraciado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1960, por pesquisar o sistema imunológico dos animais. É o único britânico-brasileiro[6][10][11] laureado com um Prêmio Nobel.[12][13][14]