As Placas de Vindolanda representam os documentos mais antigos escritos à mão do Reino Unido. Poderão, também, ser a melhor fonte de informação sobre o modo de vida na Muralha de Adriano.[1][2] Escritas em finos fragmentos de madeira do tamanho de postais, com tinta contendo carbono, as placas datam do século I ou II d.C. (aproximadamente contemporâneas da Muralha de Adriano). Embora se tivesse conhecimento de registos semelhantes em papiro, no Império Romano, placas de madeira escritas com tinta só foram descobertas em 1973, quando o arqueólogo Robin Birley as descobriu num forte romano em Vindolanda, na região Norte de Inglaterra.[1][3]
Estes documentos registam assuntos militares oficiais, assim como mensagens mensagens pessoais de, e para, membros da guarnição de Vindolanda, suas famílias e seus escravos. Um assunto que se destacam é o convite para um aniversário, que terá ocorrido no ano 100 d.C. (que talvez seja o documento mais antigo sobrevivente escrito em latim por uma mulher). Expostos no Museu Britânico, os textos das 752 placas foram transcritas, traduzidas e publicadas em 2010.[4]
Mas a descoberta mais significativa foi um quarto cheio de placas escritas. Destas, oito ou nove, eram placas normais, escritas com um estilete. As restantes são únicas: placas muito finas de madeira de tília, escritas com tinta contendo carbono que podem ser lidas com a utilização de fotografia de infravermelhos. Representam o primeiro sinal de literacia deste período da história britânica, equivalente aos registos dos exércitos romanos, em papiro, encontrados no Egipto e na Síria.