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Polinizador

Uma mosca sirfídea (Eristalinus taeniops) polinizando uma flor de Hieracium sp.

Polinizador é um vetor animal - fator biótico - responsável pela transferência de pólen das anteras de uma flor masculina para o estigma de flores femininas, acidentalmente ou não, permitindo que aconteça a união do gameta masculino presente no grão de pólen com o gameta feminino do óvulo, processo conhecido como fecundação ou singamia. A consequência esperada é a produção de semente(s) fértil(eis).

A polinização realizada por vetor biótico, biofilia, é responsável por 80% de todos os tipos de polinização,[1] sendo muito importante para a agricultura e a biodiversidade.

A relação entre os polinizadores e as flores é mutualística, já que traz benefícios para os dois indivíduos. A planta se beneficia, pois esses polinizadores realizam a polinização cruzada (troca de pólen entre indivíduos diferentes porém da mesma espécie), isso, além de promover a perpetuação da espécie, também gera uma maior variabilidade genética.

Além disso “uma polinização bem feita está diretamente ligada a um melhor rendimento da cultura agrícola, podendo não só levar ao aumento no número de sementes, vagens ou frutos vingados, como também melhorar a qualidade dos frutos (tamanho, peso, aparência, sabor e até elevar os valores nutritivos e o tempo de prateleira) e sementes (percentual de germinação e teor de óleos), além de influenciar positivamente em outras características de importância agronômica, tais como a antecipação e a uniformização no amadurecimento dos frutos, diminuindo as perdas na colheita”.[2] Já os polinizadores se beneficiam, pois a planta produz as chamadas "recompensas florais”, que são substâncias energéticas que garantem a alimentação desses animais. As principais recompensas florais são o pólen, o néctar e óleos essenciais.

  • Pólen: é rico em proteínas (16 a 40%), vitaminas (quase todas as conhecidas), lipídeos (1 a 5%), carboidratos (20 a 40%), fibras (3 a 5%) e sais minerais (2,5 a 3,5%).
  • Néctar: Basicamente uma solução de água e açúcar, altamente energética. Normalmente essa substância está presente em nectários produzidos pelas plantas.
  • Óleos: Algumas plantas produzem e servem de alimento para as abelhas quando imaturas (larvas).

A ação desses polinizadores é de grande importância para a agricultura e, portanto, para a produção de alimentos. As estatísticas frequentemente citadas são de que 75% de espécies de plantas se beneficiam de insetos polinizadores que fornecem um serviço global no valor de $ 215 bilhões para a produção de alimentos.[3] Segundo o 1º Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil[4] a maior parte – 76% - das plantas utilizadas para produção de alimentos no Brasil é dependente do serviço ecossistêmico de polinização realizado por animais. Dessa forma, outro ponto importante para o cultivo de plantas é o manejo adequado de polinizadores, que se trata de uma ferramenta alternativa para diminuir o déficit na polinização natural, que é causado por diversos fatores. O manejo adequado também traz outros benefícios como custos sociais, econômicos e, principalmente, no contexto ambiental contribuindo para a redução do déficit de polinização em agroecossistemas e em ecossistemas próximos.

Devido à sua grande importância, os polinizadores também são valorizados culturalmente pela diversidade biocultural e valores socioculturais, por isso, em alguns países são considerados símbolos nacionais e fonte de inspiração, fazendo parte do folclore mundial[4] (IFBES, 2016).

Algumas espécies de plantas são generalistas, ou seja, apresentam flores preparadas para ser polinizadas por qualquer tipo de animal, assim como há animais capazes de recolher recursos da maior parte das flores. Mas a relação entre polinizadores e plantas pode alcançar níveis de especificidade surpreendentes. Relações muito específicas podem ser observadas em figueiras e orquídeas, por exemplo.

  1. Sílvia Castro (2010). «Biologia da Polinização: To bee or not to bee?». Biologia I (II). Universidade de Coimbra. Consultado em 30 de outubro de 2011. Arquivado do original em 25 de maio de 2015 
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :1
  3. Gallai, Nicola; Salles, Jean-Michel; Settele, Josef; Vaissière, Bernard E. (janeiro de 2009). «Economic valuation of the vulnerability of world agriculture confronted with pollinator decline». Ecological Economics (em inglês) (3): 810–821. doi:10.1016/j.ecolecon.2008.06.014. Consultado em 20 de outubro de 2020 
  4. a b Wolowski, Marina; Agostini, Kayna; Rech, André Rodrigo; Varassin, Isabela Galarda; Maués, Márcia; Freitas, Leandro; Carneiro, Liedson Tavares; Bueno, Raquel de Oliveira; Consolaro, Hélder (2019). Relatório temático sobre polinização, polinizadores e produção de alimentos no Brasil. São Carlos: Editora Cubo 

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