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Primeiro movimento homossexual

Memorial ao Primeiro Movimento de Emancipação Homossexual em Berlim-Moabit , inaugurado em 2017

O primeiro movimento homossexual foi criado e prosperou na Alemanha desde o final do século XIX até 1933. O movimento começou na Alemanha devido a uma confluência de fatores, incluindo a criminalização do sexo entre homens (Parágrafo 175) e a censura relativamente frouxa do país. Escritores alemães em meados do século XIX cunharam a palavra homossexual e criticaram sua criminalização. Em 1897, Magnus Hirschfeld fundou a primeira organização homossexual do mundo, o Comitê Científico-Humanitário, cujo objetivo era usar a ciência para melhorar a tolerância pública à homossexualidade e revogar o Parágrafo 175. Durante o Império Alemão, o movimento foi restrito a uma elite educada, mas se expandiu muito após a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Alemã.[1]

A censura reduzida e o crescimento de subculturas homossexuais nas cidades alemãs ajudaram o movimento a florescer durante a República de Weimar. Entre 1919 e 1933, foram publicados os primeiros periódicos de venda pública e de massa destinados a leitores homossexuais, embora enfrentassem processos de censura e proibições de venda pública. As primeiras organizações de massa para homens homossexuais, a Sociedade Alemã de Amizade e a Liga pelos Direitos Humanos, foram fundadas após a guerra. Essas organizações enfatizavam os direitos humanos e as políticas de respeitabilidade e excluíam as prostitutos, pedófilos e homens homossexuais efeminados (Esses ultimos eram considerados prejudiciais à imagem pública do movimento). O movimento homossexual teve relativo sucesso entre pesquisadores, estudiosos e cientistas, mas também enfrentou resistência entre o público, pois muitos alemães acreditavam que a homossexualidade poderia se espalhar como uma doença transmissível.[2]

O movimento começou a diminuir em 1929 com a Grande Depressão e com a ascensão do Nazismo. Ele efetivamente terminou poucos meses após a tomada do poder nazista no início de 1933, e a relativa tolerância da era de Weimar foi seguida pela mais severa perseguição de homens homossexuais da história. A República de Weimar despertou interesse duradouro para muitos homossexuais como um breve interlúdio no qual gays se aproveitaram de liberdades sem precedentes. O movimento teve uma forte influência nos movimentos gays e LGBT posteriores.[1]

  1. a b Nast, Condé (19 de janeiro de 2015). «Berlin Story». The New Yorker (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2022 
  2. Marhoefer, Laurie (1 de janeiro de 2015). Sex and the Weimar Republic: German Homosexual Emancipation and the Rise of the Nazis (em inglês). [S.l.]: University of Toronto Press 

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