Sarna | |
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Uma fotomicrografia do ácaro causador da sarna (Sarcoptes scabiei) | |
Especialidade | infecciologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B86 |
CID-9 | 133.0 |
CID-11 | 876005123 |
DiseasesDB | 11841 |
MedlinePlus | 000830 |
eMedicine | derm/382 |
MeSH | D012532 |
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Sarna ou escabiose (em latim: Scabere; lit. "coçar")[1] é uma infecção parasitária contagiosa da pele que ocorre entre seres humanos e outros animais. É causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei,[2][3] que se refugia sob a pele do hospedeiro, causando coceira alérgica intensa e borbulhas – como erupção cutânea – e ocasionalmente causando pequenas tocas na pele. As infecções iniciais requerem entre duas a seis semanas para se tornarem sintomáticas, a reinfecção, no entanto, pode tornar-se sintomática dentro de 24 horas. Os sintomas podem afectar uma grande parte do corpo ou apenas certas zonas, como os pulsos, a pele entre os dedos ou ao nível da cintura. A coceira tende a piorar durante a noite e ao arranhar, a pele pode ser lesada expondo-a a infecções bacterianas adicionais.[4][5][6] As crianças costumam ter maior susceptibilidade a infecções na cabeça.
A sarna é causada por infecção da fêmea do ácaro Sarcoptes scabei,[2] que se infiltra na pele e ali vive e deposita os ovos.[2] Os sintomas da sarna devem-se a uma reação alérgica aos ácaros, que, na maioria das vezes, somam apenas cerca de dez a quinze, sendo muito pequenos e geralmente não visíveis a olho nu.[4] A doença pode ser transmitida através de objectos contaminados, mas é mais frequentemente transmitida por contacto directo com a pele infectada, com um maior risco se o contacto for prolongado, normal em relações sexuais.[2] O contágio da doença pode ocorrer mesmo quando a pessoa não desenvolveu ainda qualquer tipo sintoma.[7] Nas moradias superlotadas, tais como estruturas de acolhimento de crianças, instituições ou prisões, e também nas zonas com falta de condições de acesso à água, existe um maior risco de propagação da doença.[8][2] A escabiose crostosa é a forma mais gravosa da doença, estando normalmente associada com a imunossupressão, podendo dar origem a milhões de ácaros, o que intensifica o risco de contágio. O diagnóstico é feito com base nos sinais e sintomas.[5][9]
Existem medicamentos que estão disponíveis para tratamento dos infectados, designadamente permetrina, cremes crotamitona e lindano, e ivermectina.[10] Os contactos sexuais dentro de até um mês e pessoas que vivem na mesma casa, devem ser tratadas ao mesmo tempo. Sendo que o ácaro não sobrevive por mais de três dias afastado da pele humana, as roupas usadas nestes três últimos dias, inclusive as da cama, devem ser lavadas com água quente e submetidas a secagem a ar quente. Como os sintomas são alérgicos, o seu atraso no início é geralmente espelhado por um atraso significativo no alívio após os parasitas serem erradicados, podendo os sintomas permanecer ao longo de duas a quatro semanas após o tratamento, mas, se ainda assim os sintomas continuarem a aparecer, poderá ser necessário um novo tratamento.[7]
A escabiose é uma das três doenças de pele mais comuns em crianças, juntamente com a micose e infecções bacterianas da pele.[11] Desde 2010, esta infecção parasitária afecta aproximadamente 100 milhões de pessoas (1,5% da população mundial) e é igualmente comum em ambos os sexos,[12] com os jovens e idosos tendo maior susceptibilidade, e é mais comum em países emergentes e com climas tropicais.[9] Outros animais não propagam a sarna humana,[2] sua infecção, conhecida como sarna sarcóptica, é tipicamente causada por espécies de ácaros ligeiramente diferentes, mas relacionadas.[5][13]
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