Our website is made possible by displaying online advertisements to our visitors.
Please consider supporting us by disabling your ad blocker.

Responsive image


Sendero Luminoso

Partido Comunista do Peru
Partido Comunista del Perú
Presidente Abimael Guzmán (até 1992)
Vice-presidente Augusta La Torre (até 1988)

Elena Iparraguirre (1988-1992)

Fundadores Abimael Guzmán
Augusta La Torre
Elena Iparraguirre
Fundação 1969 (56 anos)
Sede Vale dos rios Apurimaque e Ene, Ayacucho, Junín e parte da Amazônia peruana
Lima (até 1992)
Ideologia Marxismo-Leninismo-Maoismo
Pensamento Gonzalo
Antirrevisionismo
Espectro político Extrema-esquerda
Publicação Bandera Roja
(Bandeira Vermelha)
Braço armado Exército Popular de Libertação
Ala Feminina Movimento Feminino Popular
Dividiu-se de Partido Comunista Peruano
Sucessor Partido Comunista do Peru - Pátria Vermelha
Membros (1990) 50.000
País Peru
Afiliação internacional Movimento Revolucionário Internacionalista (dissolvido);

Movimento Comunista Internacional (facções)

Cores      Vermelho

     Amarelo

Slogan Proletários de todos os países, uni-vos!
Bandeira do partido

O Sendero Luminoso ("sendeiro luminoso" ou "caminho iluminado", em espanhol), oficialmente Partido Comunista del Perú (PCP), é uma organização de inspiração maoísta fundada no fim da década de 1960 pelos corpos discentes e docentes de universidades do Peru (especialmente da província de Ayacucho). É classificada pelos Estados Unidos e pelo Estado peruano como organização terrorista.[1][2][3] Abimael Guzmán (professor de Filosofia da Universidade Nacional de San Cristóbal de Huamanga) é considerado seu fundador por excelência, e adota o codinome Presidente Gonzalo. A guerrilha foi quase considerada extinta no final da década de 1990, mas reapareceu na primeira década do século XXI.[4]

O Sendero Luminoso está entre os dois maiores grupos de ação da América do Sul (ao lado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), sendo inspirado no antifascismo contra o regime militar do país nos anos 1960.[5] O seu nome oficial é Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL) - dado que existiram diversos partidos denominados Partido Comunista do Peru, e o Sendero Luminoso foi um dentre tantos outros, nascido de uma divisão interna do Partido Comunista Peruano. O seu objetivo era o de superar as instituições burguesas peruanas por meio de um regime revolucionário e comunista de base camponesa, utilizando-se do conceito maoísta de Nova Democracia. Desde a captura de seu líder, Abimael Guzmán, em 12 de setembro de 1992, o Sendero Luminoso passa por um processo de reorganização geral do partido.[6]:3 A ideologia e as táticas do Sendero Luminoso influenciaram outros grupos insurgentes de caráter maoísta como o Partido Comunista do Nepal, Partido Comunista da Índia (Maoista) e outras organizações relacionadas ao movimento revolucionário internacional.

Após a prisão de Guzmán, vários líderes do Sendero também foram detidos nos anos seguintes, o que diminuiu bastante as atividades do grupo. Digladiaram-se com os militares peruanos e grupos paramilitares supostamente treinados pelo Estados Unidos, os Sinchis. Além disso, opõe-se a outra grande força revolucionária do Peru, o Movimento Revolucionário Túpac Amaru.

Estima-se que o Sendero Luminoso teve cerca de quinze mil guerrilheiros[7] e um grande número de membros em outras funções. De acordo com o comissão governamental CVR, o grupo foi responsável pela morte de aproximadamente 30 000 pessoas, entre militares, policiais, políticos e civis (46% das vítimas do conflito, e 54% para as forças governamentais).[8] Um estudo de 2019 contestou os números de baixas da Comissão de Verdade e Reconciliação, estimando em vez disso "um total de 48 000 mortes, substancialmente inferior à estimativa da TRC" e concluindo que "o Estado peruano é responsável por uma parcela significativamente maior do que o Sendero Luminoso".[9] Posteriormente, o CVR veio a desmentir as declarações de Rendón.[10]

  1. «Sendero Luminoso — LodView». DBpedia Português. Consultado em 4 de agosto de 2022 
  2. «Control Social, Neoliberalismo y Derecho Penal». sisbib.unmsm.edu.pe. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  3. «La agenda del Congreso en la lucha contra el terrorismo | Política | Congreso | El Comercio Perú». web.archive.org. 25 de agosto de 2017. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  4. «G1 - Guerrilha do Sendero Luminoso queima 3 helicópteros no Peru - notícias em Mundo». G1 - O portal de notícias da Globo. G1. 6 de outubro de 2012. Consultado em 4 de agosto de 2022 
  5. Degregori, Carlos Iván (2017). El surgimiento de Sendero Luminoso: Ayacucho 1969-1979 (em espanhol). [S.l.]: Instituto de Estudios Peruanos 
  6. «Peru: 40 anos de invencível Guerra Popular - A Nova Democracia». anovademocracia.com.br. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  7. «On The Rebound: Shining Path Factions Vie for Control of Upper Huallaga Valley | The Jamestown Foundation». www.jamestown.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  8. «Comisión de la Verdad y Reconciliación». www.cverdad.org.pe. Consultado em 15 de maio de 2021 
  9. Rendon, Silvio (1 de janeiro de 2019). «Capturing correctly: A reanalysis of the indirect capture–recapture methods in the Peruvian Truth and Reconciliation Commission». Research & Politics (em inglês) (1). 2053168018820375 páginas. ISSN 2053-1680. doi:10.1177/2053168018820375. Consultado em 15 de maio de 2021 
  10. Manrique-Vallier, Daniel; Ball, Patrick (janeiro de 2019). «Reality and risk: A refutation of S. Rendón's analysis of the Peruvian Truth and Reconciliation Commission's conflict mortality study». Research & Politics (em inglês). 6 (1). 205316801983562 páginas. ISSN 2053-1680. doi:10.1177/2053168019835628. Consultado em 30 de dezembro de 2022 

Previous Page Next Page