Solipsismo (do latim "solu-, «só» +ipse, «mesmo» +ismo") é a concepção filosófica de que, além de nós, só existem as nossas experiências. O solipsismo é a consequência extrema de se acreditar que o conhecimento deve estar fundado em estados de experiência interiores e pessoais, não se conseguindo estabelecer uma relação direta entre esses estados e o conhecimento objetivo de algo para além deles. O "solipsismo do momento presente" estende este ceticismo aos nossos próprios estados passados, de tal modo que tudo o que resta é o eu presente.
A neoescolástica define o solipsismo como uma forma de idealismo, que incorreria no egoísmo pragmático, que insurge pós proposição cartesiana "cogito, ergo sum"; solipsismo é atribuída por Max Stirner como uma reação contra Hegel e sua acentuação do universal; o solipsismo somente tem por certo, inconteste, o ato de pensar e o próprio eu.[1] Assim, tudo o mais pode ser contestado ou posto em dúvida.
O solipsismo designa uma doutrina filosófica que reduz toda a realidade ao sujeito pensante; doutrina segundo a qual só existem efetivamente o eu e suas sensações, sendo os outros entes (seres humanos e objetos), como participante da única mente pensante, meras impressões sem existência própria (embora frequentemente considerada uma possibilidade intelectual); doutrina segundo a qual a única realidade no mundo é o eu; designação comum a religiosos de certas ordens que se isolam do mundo; vida ou conjunto de hábitos de um indivíduo solitário; vida ou costume de quem vive na solidão; monge que vive na solidão, anacoreta, eremita, ermitão, celibatário, solipso. O solipsismo reveste muitos matizes através da história da filosofia, mas podemos resumi-los em três tendências fundamentais: