Terceira Dinastia de Ur Ur III | ||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| ||||||||||||||
![]() Mapa aproximado do império da terceira dinastia de Ur durante o reinado de Sulgi e a sua organização central e periférica
| ||||||||||||||
Coordenadas | ||||||||||||||
Continente | Ásia | |||||||||||||
Região | Médio Oriente | |||||||||||||
Capital | Ur | |||||||||||||
País atual | Iraque | |||||||||||||
Língua oficial | sumério | |||||||||||||
Outros idiomas | acádio | |||||||||||||
Religião | suméria | |||||||||||||
Forma de governo | monarquia | |||||||||||||
Período histórico | Antiguidade | |||||||||||||
|
A terceira dinastia de Ur, também designada abreviadamente Ur III, foi a terceira dinastia da cidade suméria de Ur, segundo a tradição historiográfica mesopotâmica. A designação é também aplicada ao grande império fundado pelos soberanos da dinastia, que dominou toda a Mesopotâmia aproximadamente entre 2 112 e 2 004 a.C. segundo a "cronologia média" ou entre 2 047 e 1 940 a.C. segundo a "cronologia inferior".
Na história mesopotâmica, o Império de Ur deu continuidade ao Império Acádio, que o precedeu cerca de dois séculos. No entanto, ao contrário desta, a dinastia de Ur III era de origem suméria e não acádia. Os seus reis, administradores e letrados, usavam sobretudo a língua suméria, pelo que este período é por vezes chamado período neossumério, o qual também inclui a dinastia de Gudea de Lagaxe, que terminou com o início do domínio de Ur III e que teria constituído um "renascimento sumério" depois do domínio dos acádios, uma perspetiva que é contestada por alguns estudiosos.
O período de Ur III é notável pela quantidade de documentação escrita que chegou até nós, na sua maior parte de natureza administrativa, que permite saber como funcionava o reino e alguns aspetos da sua sociedade e da sua economia. Esta abundância documental e a análise das práticas administrativas da época dão a impressão de um Estado "burocrático". Durante a dinastia, a administração das instituições oficiais (templos e palácios) ganhou uma importância sem precedentes e raramente igualada depois na história mesopotâmica, que deu origem a experiências administrativas originais.