A terceira via é uma corrente que surge no distributismo e mais tarde na ideologia social-democrata e liberalismo social. Tenta reconciliar os posicionamentos econômicos tradicionalmente associados à direita e à esquerda, adotando uma política econômica ortodoxa e políticas sociais progressistas. Ela não é necessariamente uma alternativa à dicotomia política entre esquerda e direita, mas sim uma alternativa às propostas econômicas do liberalismo econômico e do socialismo.[1]
Normalmente é encarada como uma corrente que apresenta uma conciliação entre capitalismo de livre mercado e socialismo democrático, sendo considerada um ramo do "centrismo radical" por Anthony Giddens, um dos seus principais formuladores. Entretanto, alguns de seus proponentes a enxergam como uma vertente modernizadora da social-democracia, classificando-a como uma "nova centro-esquerda".[2][3] No entanto, com o passar dos anos, essa vertente ideológica apresentou condutas que a aproximou muito mais das ideias de direita do que das ideias de esquerda.[4]
A terceira via tem sua origem no governo trabalhista que emergiu na Austrália no final da década de 1980. Popularizou-se durante o governo de Bill Clinton nos Estados Unidos, sendo também defendido por sua esposa, senadora e, posteriormente, secretária de estado, Hillary, durante a campanha presidencial de 2008. O primeiro-ministro britânico Tony Blair e sua facção dentro do Partido Trabalhista, o New Labour, foram os defensores mais entusiastas da corrente.[carece de fontes]
Esta corrente de pensamento defende um "Estado necessário", em que sua interferência não seja, nem máxima, como no socialismo soviético, nem mínima, como no neoliberalismo. Também defende, entre outros pontos, a responsabilidade fiscal dos governantes, o combate à miséria, uma carga tributária proporcional à renda, com o Estado sendo o responsável pela segurança, saúde, educação e a previdência.