Os transportes do Rio Grande do Sul são um domínio de estudos e conhecimentos sobre as características da malha viária do estado. O estado possui 153 960 km de rodovias, sob jurisdição nacional, estadual ou municipal. A malha nacional estrutura a rede de transporte com rodovias longitudinais, diagonais, transversais e de ligação. As principais rodovias são: BR-101, BR-116, BR-153, BR-158, BR-163, BR-285, BR-287, BR-290, BR-386, BR-392 e BR-471. Após décadas de parcos investimentos de sucessivos Governos Estaduais, o Rio Grande do Sul hoje se encontra com uma malha rodoviária deficitária e uma das piores da metade sul do país: em 2020, ainda havia 54 cidades sem acesso asfáltico (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul tinham 100% de cidades com acesso asfáltico à mesma época; Paraná e Minas Gerais tinham quase 100%).[1][2][3][4] O Estado também tem poucas rodovias duplicadas, a grosso modo nas cercanias da capital Porto Alegre, sendo a maioria delas do Governo Federal; apesar da grande quantidade de rodovias estaduais, o Governo Estadual pouco realizava neste campo.[5] A situação só começou a mudar em 2019, quando o Estado realizou um plano de reorganização econômica e financeira, e lançou um programa específico visando a recuperar e evoluir a malha viária do estado. Neste ano, 62 municípios ainda não tinham acesso asfáltico: o projeto era chegar em 2023 com 22 cidades sem acesso. Concessões de rodovias em poder do Rio Grande do Sul, como a BR-287 e a BR-386, realizadas à mesma época, objetivam duplicar as partes concedidas destas rodovias até 2035.[6][7][8]
O Rio Grande do Sul apresenta uma importante malha hidroviária, concentrada nas bacias Litorânea e do Guaíba. Nessas bacias estão os principais rios de rota rio Jacuí, rio Taquari e rio dos Sinos, além do Guaíba e da Laguna dos Patos. Atualmente, a navegação no rio Uruguai é de pequena importância, assim como de seu principal afluente, o rio Ibicuí, o único que apresenta condição navegável. A principal rota hidroviária do estado é Porto Alegre-Rio Grande, que apresenta calado de 5,2 metros. As principais cargas no sentido Rio Grande são produtos petroquímicos, derivados de petróleo, óleo de soja e celulose. No sentido Porto Alegre destacam-se os fertilizantes.[carece de fontes]
O Porto de Rio Grande é de grande importância para o Mercosul, e também o principal ponto de multimodalidade do estado, fazendo com que parte do sistema rodoviário e ferroviário tenham o Porto de Rio Grande como foco. O Porto de Rio Grande, em 2005, chegou a 18 milhões de toneladas, consolidado como o segundo maior porto com movimento de containers do Brasil, e o terceiro em cargas. Os principais portos são: Porto de Rio Grande, Porto de Porto Alegre, Porto de Estrela e Porto de Pelotas.[carece de fontes]
O Aeroporto Internacional Salgado Filho localiza-se em Porto Alegre e é o mais movimentado aeroporto do estado e o oitavo mais movimentado do Brasil em número de passageiros transportados.[9]O Aeroporto Internacional de Pelotas é operado pelas linhas aéreas NHT e localiza-se no sul do estado com voos até Erechim, Porto Alegre , Rio Grande e até mesmo para Montevidéu, no Uruguai. Existe também o Aeroporto de Caxias do Sul, que é importante para o estado, e conta com três voos diários para São Paulo (exceto aos sábados, quando tem apenas um voo). É um aeroporto operado por uma companhia aérea, a Gol, que opera com Boeing 737.[carece de fontes]
O Rio Grande do Sul possui uma malha de 3 260 quilômetros de linhas e ramais ferroviários, utilizadas para cargas. A maior parte apresenta bitola métrica, sendo que apenas cinco quilômetros apresentam bitola mista, com objetivo de realizar a integração com as malhas argentinas e uruguaias. Atualmente, alguns trechos das ferrovias não estão em operação regular e os terminais ferroviários que apresentam maior concentração de cargas localizam-se nas proximidades da Grande Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta e Uruguaiana.[carece de fontes]