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Transtorno alimentar

Transtorno alimentar
Especialidade Nutrição, Psicologia, Medicina, Educação física. Acompanhamento multidisciplinar.
Sintomas Comportamentos alimentares desviantes que afectam negativamente a saúde física e mental[1]
Complicações Transtorno de ansiedade, depressão, abuso de substâncias e suicídio[2]
Tipos Transtorno da compulsão alimentar periódica, anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de ruminação, transtorno alimentar restritivo evitativo[1]
Causas Pouco claro[3]
Fatores de risco transtornos gastrointestinais[4][5][6]
Tratamento Aconselhamento médico e nutricional, dieta equilibrada, prática regular de exercício físico[2]
Classificação e recursos externos
CID-10 F50
CID-9 307.5
CID-11 1412387537
MeSH D001068
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

A disfunção alimentar ou transtorno alimentar (TA) é um transtorno mental que se define por padrões de comportamento alimentares desviantes que afetam negativamente a saúde física ou mental do indivíduo.[1] São considerados como patologias e descritos detalhadamente pelo CID 10, DSM IV e pela OMS. Incluem transtorno de compulsão alimentar periódica em que as pessoas ingerem uma grande quantidade de alimentos num curto período de tempo; anorexia nervosa, em que as pessoas comem muito pouco e, portanto, têm um baixo peso corporal; bulimia nervosa, em que as pessoas comem muito e, em seguida, tentam livrar-se da comida; pica, em que as pessoas comem produtos não-alimentares; transtorno de ruminação, em que as pessoas regurgitam o alimento; transtorno alimentar restritivo evitativo em que as pessoas possuem falta de interesse por comida; e um grupo de outros distúrbios alimentares específicos e outros distúrbios alimentares não-específicos.[1] Os transtornos de ansiedade, depressão e abuso de substâncias são comuns entre as pessoas com transtorno alimentar.[2] Esses distúrbios não estão associados à obesidade.[1]

A causa dos transtornos alimentares não é clara.[3] Tanto os factores biológicos como ambientais parecem contribuir para a doença.[2][3] O ideal cultural de magreza pode afetar o indivíduo por influência social e cultural acabando por atuar na etiologia desta condição médica. Os transtornos alimentares afetam cerca de 12% dos dançarinos.[4] As vítimas de abuso sexual estão também mais predispostos a desenvolver a doença.[6] Alguns transtornos, tais como a pica e o transtorno de ruminação ocorrem mais frequentemente em pessoas com deficiência intelectual.[1] Um distúrbio alimentar pode ser diagnosticado apenas uma vez num determinado momento.[1]

Existe tratamento para a maioria dos casos de transtornos alimentares,[2] que normalmente envolve ajuda psicológica, uma dieta adequada, uma quantidade normal de exercício físico e diminuição de tentativas de livrar-se da comida.[2] Ocasionalmente é necessária hospitalização.[2] A medicação pode ajudar com alguns dos sintomas associados.[2] A cada cinco anos, cerca de 70% das pessoas com anorexia e 50% das pessoas com bulimia conseguem recuperar.[7] A recuperação do transtorno de compulsão alimentar é menos precisa, sendo estimada entre 20% a 60%.[7] Tanto a anorexia como a bulimia aumentam o risco de morte.[7]

No mundo desenvolvido o transtorno de compulsão alimentar afeta cerca de 1,6% das mulheres e 0,8% dos homens a cada ano.[1] A anorexia afeta cerca de 0,4% e a bulimia afeta cerca de 1,3% das jovens mulheres a cada ano.[1] Mais de 4% das mulheres têm anorexia, 2% têm bulimia e 2% têm transtorno de compulsão alimentar periódica, em algum momento das suas vidas.[7] A anorexia e a bulimia são dez vezes mais propícias de surgir em mulheres do que nos homens.[1] Normalmente começam na infância tardia ou início da idade adulta.[2] Os índices doutros transtornos alimentares não são claros.[1] Os índices de transtorno alimentar parecem ser inferiores nos países menos desenvolvidos.[8]

  1. a b c d e f g h i j k American Psychiatry Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 5th ed. Arlington: American Psychiatric Publishing. pp. 329–354. ISBN 0-89042-555-8 
  2. a b c d e f g h i «What are Eating Disorders?». NIMH. Consultado em 24 de maio de 2015. Cópia arquivada em 23 de maio de 2015 
  3. a b c Rikani, AA; Choudhry, Z; Choudhry, AM; Ikram, H; Asghar, MW; Kajal, D; Waheed, A; Mobassarah, NJ (Outubro de 2013). «A critique of the literature on etiology of eating disorders.». Annals of Neurosciences. 20 (4): 157–61. PMC 4117136Acessível livremente. PMID 25206042. doi:10.5214/ans.0972.7531.200409 
  4. a b Arcelus, J; Witcomb, GL; Mitchell, A (Março de 2014). «Prevalence of eating disorders amongst dancers: a systemic review and meta-analysis.». European Eating Disorders Review. 22 (2): 92–101. PMID 24277724. doi:10.1002/erv.2271 
  5. Satherley R, Howard R, Higgs S (janeiro de 2015). «Disordered eating practices in gastrointestinal disorders» (PDF). Appetite (Review). 84: 240–50. PMID 25312748. doi:10.1016/j.appet.2014.10.006. Consultado em 24 de setembro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 24 de setembro de 2019 
  6. a b Chen, L; Murad, MH; Paras, ML; Colbenson, KM; Sattler, AL; Goranson, EN; Elamin, MB; Seime, RJ; Shinozaki, G; Prokop, LJ; Zirakzadeh, A (Julho de 2010). «Sexual Abuse and Lifetime Diagnosis of Psychiatric Disorders: Systematic Review and Meta-analysis». Mayo Clinic Proceedings. 85 (7): 618–629. PMC 2894717Acessível livremente. PMID 20458101. doi:10.4065/mcp.2009.0583 
  7. a b c d Smink, FR; van Hoeken, D; Hoek, HW (Novembro de 2013). «Epidemiology, course, and outcome of eating disorders.». Current Opinion in Psychiatry. 26 (6): 543–8. PMID 24060914. doi:10.1097/yco.0b013e328365a24f 
  8. Pike, KM; Hoek, HW; Dunne, PE (Novembro de 2014). «Cultural trends and eating disorders.». Current Opinion in Psychiatry. 27 (6): 436–42. PMID 25211499. doi:10.1097/yco.0000000000000100 

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