Volubilis وليلي • Oualili • Walila | |
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Basílica e templo capitolino romanos em Volubilis | |
Localização atual | |
Localização de Volubilis em Marrocos | |
Coordenadas | 34° 04′ 22″ N, 5° 33′ 17″ O |
País | Marrocos |
Região | Fez-Mequinez |
Cidade atual mais próxima | Mulei Idris |
Altitude | 375 m |
Área | 0,42 km² |
Dados históricos | |
Fundação | c. 3 000 a.C. |
Abandono | século XI d.C.? |
Cronologia | |
Neolítico | ca. 3 000 – ca. século III a.C. |
Fenícios / Cartagineses | ca. século III – 146 a.C. |
Reino da Mauritânia | 146 a.C. – 44 d.C. |
Império Romano | 44 – ca. 285 |
Berberes cristãos e judeus romanizados | 285 – 788 |
Califado Idríssida | 788 – 985 |
Notas | |
Escavações | 1887–1889, 1915–1941, 1946–1967, 2000, etc. |
Arqueólogos | Henri de la Martinière, Louis Chatelain, Elizabeth Fentress, Gaetano Palumbo, Hassan Limane e outros |
Estado de conservação | Ruínas; alguns edifícios restaurados |
Administração | Ministério da Cultura de Marrocos |
Acesso público | |
Site | www.sitedevolubilis.org |
Sítio Arqueológico de Volubilis ★
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Critérios | (ii)(iii)(iv)(vi) |
Referência | 836 en fr es |
Região ♦ | Estados Árabes |
País | Marrocos |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 1997 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial ♦ Região segundo a classificação pela UNESCO |
Volubilis (em árabe: وليلي; romaniz.: Oualili ou Walila) foi uma cidade romana, cujas ruínas constituem atualmente um sítio arqueológico parcialmente escavado situado no norte de Marrocos, nos arredores da cidade santa de Mulei Idris, a norte de Mequinez. As ruínas estão inscritas na lista do Património Mundial da UNESCO desde 1997.
A antiga cidade situa-se numa fértil planície agrícola e desenvolveu-se a partir do século III a.C. como um assentamento fenício-cartaginês, tendo crescido rapidamente sob o domínio romano a partir do século I a.C. até ocupar uma área de aproximadamente 40 hectares, rodeada por muralhas com 2,6 km de perímetro. No século II a cidade foi dotada de uma série de edifícios públicos, nomeadamente uma basílica, um templo e um arco do triunfo. A sua prosperidade, que advinha principalmente das culturas da oliveira, cereais e do fornecimento de animais selvagens para os espetáculos de gladiadores, propiciou a construção de muitas casas urbanas ricas, com grandes mosaicos de chão.
Volubilis foi tomada por tribos locais c. 285 e nunca foi reconquistada por Roma devido à sua localização remota e de difícil defesa, na fronteira sudoeste do Império Romano. Continuou a ser habitada durante pelo menos mais 700 anos, primeiro como uma comunidade latinizada cristã, e depois como uma localidade islâmica. No final do século VIII tornou-se a capital de Idris ibne Abedalá, o fundador da dinastia idríssida, o primeiro estado muçulmano de Marrocos. No século XI, Volubilis tinha sido abandonada e a capital idríssida tinha sido transferida para Fez. A maior parte da sua população mudou-se para a nova cidade de Mulei Idris, situada num monte a sudeste de Volubilis.
As ruínas mantiveram-se praticamente intactas até terem sido arrasadas pelo terramoto de 1755, o mesmo que destruiu Lisboa. Pouco depois serviram de pedreira para a construção de Mequinez. Só no final do século XIX é que o local foi definitivamente identificado como sendo a antiga cidade de Volubilis. Durante e depois da vigência do Protetorado Francês de Marrocos, cerca de metade do sítio foi escavado, tendo sido descobertos muitos mosaicos, e alguns dos edifícios públicos e casas mais importantes foram restaurados ou reconstruídos. A classificação como Património Mundial deve-se ao facto de «ser um exemplo excecionalmente bem preservado de uma grande cidade colonial romana nos limites do império».