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Um alfassilabário[1] ou abugida[2] (do ge'ez አቡጊዳ, abuguida) é um conjunto de sinais utilizados para representar os fonemas de uma língua. Está a meio caminho entre um silabário e um alfabeto. Consiste em sinais que representam as sílabas dotadas de vogais, e de outros sinais anexos que modificam, substituem ou suprimem certas vogais por omissão.
Pode-se explicar o seu princípio de funcionamento por um exemplo fictício: dado um grafema consonântico num alfassilabário (denotado por K), este grafema é lido normalmente como uma sílaba composta de uma consoante (aqui /k/) seguida por uma vogal por defeito (por exemplo, um /a/). Se quisermos escrever /ka/, basta um sinal único, K. Para escrever /ki/, no entanto, será preciso recorrer a um sinal anexo juntando-o ao grafema K : K + i. Para escrever um /k/ sozinho (num grupo de consoantes, por exemplo num final de palavra), um terceiro sinal torna-se necessário, que notará a ausência da vogal por defeito (sinal representado no exemplo por um *) : K + *. Um tal sinal é chamado frequentemente halant (nome sânscrito que é usado nas escrituras da Índia) ou menos provavelmente matador (tradução de halant, talvez aludindo ao facto de o sinal "matar", ou seja, fazer desaparecer, a vogal que segue normalmente a consoante), e dizer-se que a consoante está "desvogalizada". E para escrever /i/ sem apoio de uma consoante, fará falta um quarto sinal, como um /i/ independente (grafado İ no exemplo). Em resumo:
No final, há quatro sinais diferentes (K, i, * e İ) onde num alfabeto seriam necessários apenas três (k, a e i).